Hoje nem sei se lamento
os tantos desconcertos,
que sou capaz de provocar...
Também não lamento o espanto
que percebo no seu teclar.
Já jurei, quem sabe um dia
não escrever mais poesia
prá não desconcertar.
Mas quando me dou conta
rabisco num papel,
as palavras,
sem rimas,
ou versos,
os sentimentos controversos,
tudo aquilo que gostaria de te falar,
e que eu,
na solidão da noite,
por medo,
ou covardia
sufoco dentro do peito.
Mas a minh´alma travessa
de poeta menina
transforma em tudo em palavras,
que mansamente se encaixa
até a poesia formar.
Prá você dentro da noite
perceber o desconcerto
que eu provoco e assumo,
como forma de amar...
04/12/2002 - às 17:39 hrs
Como diria um anjo " poesia é golpe baixissímo",
eu apenas digo, que não consigo parar de escrever. |