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Artigos-->A liberdade está em declínio no mundo -- 12/07/2010 - 13:09 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O Estado de S. Paulo – 12/7/2010



A liberdade está em declínio no mundo



Com a queda da URSS, pensou-se que a disseminação da democracia era apenas questão de tempo. Mas ditadores aprenderam a se adaptar e agora estão mais fortes



Fred Hiatt - O Estado de S.Paulo

THE WASHINGTON POST



Os EUA celebraram o nascimento de sua liberdade no último dia 4, mas em boa parte do mundo liberdade e democracia estão regredindo. Na década passada, governantes autoritários refinaram suas técnicas para se manter no poder, aprendendo um com o outro e pensando na frente das forças democráticas. Despreparados para essa reação sistemática ao avanço da democracia, que se verificou desde a década de 70 até a de 90, os governos democráticos ainda precisam formular uma resposta coerente.

"Uma recessão política global" foi como Tom Melia descreveu a situação atual. Melia é vice-diretor da Freedom House, uma organização não lucrativa que analisa, anualmente, em que pé está a democracia em cada país. Nos últimos anos, diz ele, "aumentou o número de países em que observamos um recuo das liberdades, em vez de avanços". O mundo passou por uma transição, saindo de uma "sequência de ganhos" para uma "fase sustentada de retrocessos e revezes", disse ele.

Melia discursava num evento, em Washington, que abordou o tema sob uma visão particularmente patética, fazendo uma análise sobre a liberdade numa parte do mundo onde, há 20 anos, se depositava grandes esperanças: o império soviético.

Nessa região, disse Christopher Walker, da Freedom House, "as noticias são sombrias". Houve uma corrosão das liberdades em 14 dos 29 países que eram parte da URSS ou do Pacto de Varsóvia. Onze das doze ex-repúblicas soviéticas fora do Báltico estão em situação pior do que uma década atrás. "Nenhum país na região experimentou um declínio mais nítido do que a Rússia", disse Walker. Na Ucrânia, um governo recém-eleito vem caminhando implacavelmente na direção errada.

Com a democratização de muitos países asiáticos nos anos 80 e a queda do comunismo na Europa e na Ásia central, começou-se a acreditar, nos anos 90, que as ditaduras remanescentes no mundo desmoronariam no tempo certo. Eram dinossauros esperando a sua vez. A internet tornaria o controle autoritário impossível e a globalização aceleraria a propagação da liberdade.

Mas os dinossauros continuaram sentados à espera da sua inevitável extinção. Reconheceram a ameaça e se mobilizaram, com métodos arcaicos e novos. Da China ao Egito e Cuba, os contestadores políticos foram neutralizados, como sempre, por meio do confisco de propriedades, prisões e tortura, com os exemplos de alguns servindo para castigar os demais. Erros estúpidos de um regime, permitindo eleições antes de assumir o controle total da máquina eleitoral, como ocorreu em Mianmar em 1990, foram devidamente observados e não repetidos.

Modelos autoritários. Os ditadores aprenderam, um com o outro, a eliminar qualquer germe de uma sociedade civil independente por meio de leis tributárias e regulamentos aparentemente neutros. Com a China na liderança, aprenderam não só a neutralizar a internet, mas a transformá-la numa arma eficaz de propaganda, de repressão e ataques. Aproveitando do seu controle sobre a televisão, mobilizaram ideologias de nacionalismo e antiterrorismo para corroer a retórica da liberdade.

Assim, no fim da década, a correlação de forças, como os comunistas costumam dizer, parece lúgubre. Três potências assertivas - China, Rússia e Irã - não só resistem à democratização, mas buscam ativamente difundir seu modelo de governo autoritário nas suas esferas de influência. A Europa, motor da democratização dos anos 90, parece mais interessada em apaziguar a Rússia do que reformá-la.

Democracias mais novas e menos ricas, como a África do Sul, a Turquia, o Brasil e a Índia, ainda se apegam a ideias anticolonialistas, o que desestimula uma cooperação para promover a democracia. E o governo do presidente Barack Obama continua reticente em adotar uma "agenda da liberdade" que, na opinião de muitos democratas, foi deslustrada pelo seu predecessor.

Felizmente, há um fator mais forte do que todos esses: o desejo das pessoas de serem livres. Apesar de novos métodos de opressão, da fraqueza e desunião dos governos democratas, o desejo de dignidade e autonomia é cada vez mais presente. No Líbano em 2005, em Mianmar em 2007, no Tibete em 2008, no Irã no ano passado, as pessoas comuns assumiram riscos inimagináveis e enfrentaram um perigo mortal pois não querem viver como cativos.

Esses movimentos fracassaram, agora. Mas em cada um desses países o anseio da liberdade foi marginalizado, não extinto. No fim de semana, ativistas que fazem campanha pela democracia e autoridades democráticas, incluindo a secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, reuniram-se na Polônia numa conferência com vistas a ajudar as democracias a reagirem à feroz reação autoritária dos últimos anos. A Cortina de Ferro desapareceu, observou Hillary. "Mas precisamos ter cautela com o torno de aço com que muitos governos esmagam lentamente a sociedade civil e o espírito humano". Reconhecer esse desafio é um bom começo.

TRADUÇÃO DE TEREZINHA MARTINO



Chile oferece refúgio a dissidentes



Além da Espanha, o Chile se prontificou a receber parte dos 52 presos políticos que o governo cubano pretende soltar, gradualmente, nos próximos quatro meses. Segundo a chancelaria de Santiago, o abrigo será estendido também aos parentes dos dissidentes cubanos "quando eles quiserem".

"Foi comunicada aos parentes dos presos que serão libertados a opção de se refugiar no Chile, caso eles queiram vir", disse ao jornal El Mercurio o senador Patricio Walker, do Partido Democrata-Cristão, de oposição ao presidente Sebastián Piñera. Walker é autor de vários projetos de lei no Chile em defesa dos dissidentes cubanos e contra o embargo americano. Até o momento, 2 dos 52 opositores afirmaram que desejam partir para o Chile, disse o senador.

Apesar das divergências políticas, Walker, Piñera e o chanceler chileno, Alfredo Moreno, estariam trabalhando desde março com Havana para facilitar um acordo humanitário.

Como parte das negociações, Moreno encontrou-se no dia 3 com seu colega cubano, Bruno Rodríguez, em Caracas. O chileno teria abordado na ocasião a situação do opositor Guillermo Fariñas, que manteve uma greve de fome de 134 dias até o anúncio da libertação dos 52 dissidentes, na quarta-feira.





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