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Cronicas-->um dia daqueles -- 20/07/2002 - 00:51 (Rafael Gonçales Tarifa) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Um dia daqueles

Você já teve um dia daqueles em que nada da certo? Pois foi num desses dias que aconteceu aquilo tudo ao pobre do Dr. Roberto.
Dr. Roberto era um homem muito bom, sabe. Ele era músico, tocava oboé na e nas horas vagas era psicanalista. Era casado com D. Priscila, uma senhora muito bela, culta e educada, não se via a tal nas ruas a fofocar como as suas outras vizinhas, estava sempre atarefada com as coisas de casa. Ela era completamente dedicada a seu marido e a sua única filha, Paula.
Paula era o tipo de menina de porcelana. Era um mimo para seus pais, os quais não lhe negavam nada. Era muito aplicada aos estudos, sempre tirava notas altas, e além de aluna aplicada às matérias cientificistas, gostava muito, assim como seu pai, da música.
Tudo que posso dizer e que eles eram o tipo de família perfeita. Não se encontrava neles defeito algum. Parece que foi mesmo um castigo.
Certo dia Dr. Roberto saíra de casa para ir ao ensaio da orquestra. Quando voltara encontrou D. Priscila deitada e exausta, percebeu que ela estava doente. Logo como bom marido lhe foi ao encontro disposto a fazer de tudo para lhe sanar a dor.
Dr. Alberto foi chamado aquele dia. Ele era médico particular da família, e disse que D. Priscila teve uma pequena indisposição por causa de uma gripe. Logo ela fora medicada e recebeu por conselho um descanso merecido.
Sabe, realmente só pode ser castigo. Logo que D. Priscila adoeceu a pequena Paula caíra na escola durante uma aula de educação física, aonde veio quebrar o braço.
Para piorar o pobre do Dr. Roberto ficou desmotivado, e durante o ensaio da orquestra no dia seguinte não tocara bem e o maestro lhe dera uma dura repreensão.
Quando saíra do ensaio e voltava para casa no seu carro, acabou por distração passando no farol vermelho. Logo que percebeu sua infração perdeu o controle sobre as emoções e bateu o carro num poste.
Quando ele conseguiu chegar em casa, depois de longas horas num transporte coletivo lotado, viu que sua esposa tivera pioras e sua menina reclamava da dor.
O pobrezinho se considerava culpado de tudo e buscava em seus conhecimentos uma saída para todos aqueles problemas.
No dia seguinte fora a pé para o ensaio, de repente o céu se fechou duma maneira absurda, tudo ficara tão escuro que o dia parecia-se com a noite, e logo, sem demora começou a chover.
Chega a dar dó. Sua mulher doente, sua filha com o braço quebrado, ele sem carro, com multas e ainda para ajudar sua desgraça, o céu o presenteara com uma chuva surpresa quando ele saiu sem guarda chuva.
Ele olhou para o céu e gritou:
- Manda mais maldito, você não vai me derrubar.
Eu acredito que foi um castigo. Apesar de tudo que lhe sucedera ele não podia dizer tais palavras a Deus.
Bem, por fim ele saiu andando e por ser um homem com vastos conhecimentos sobre a psique humana, sabia que ele iria superar aquilo.
Mas por mais incrível que pareça ele caiu no chão e ali ficou.
Muitas pessoas que andavam ao seu redor pensavam que aquilo foi um castigo que Deus lhe dera por o ter ofendido.
Foi realmente terrível, caiu ao chão aniquilado, como se um raio o tivesse atingido. Todos ficaram atónitos com aquilo e repetiam uns aos outros, só pode ser um castigo.
Na verdade, ele tivera um ataque do coração, e no dia do seu enterro sua esposa e sua filha choravam desconsoladas.
- Pobrezinho, tinha que esquecer seu remédio para pressão...
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