À noite,
quando tudo é silêncio,
observo, encantado,
o movimento do mundo.
Vejo as sombras que dançam
alegres, num esboço de ser
E seus vultos que correm
furtivos, na ilusão do não-ser...
Escuto as vozes da noite:
Uma coruja adormecida,
Uma cigarra suicida,
Seu canto sereno e triste
a completar o silêncio...
Mas sempre,
inevitavelmente,
me pergunto o que é a noite.;
Por onde anda a noite?
Quem será a noite?
E por que a noite
grita sempre em mim
quando fecho os olhos?
© Brenno Kenji
27.07.2000
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