A todo instante
Que finjo ser grande
Inteligente e capaz
Minha emoção não garante
Ser mais que gente grande
À procura de paz...
Tudo que pensei que era
Tudo que eu pensei que tinha
E aos poucos descobri que nada
Se compara, àquela brisa que vinha...
Vinha dos bosque, benvinda
Vinha das flores, coloridas
Vinha do mar, maresia
Vinha de você, quando te via...
A todo instante o sol molha de luz
A toda gente pensante
Que assume a sua cruz
De chumbo ou de isopor
De ódio ou de amor
Colorida ou incolor
De prazer e de dor
A cruz que eu pensei ser minha
Carreguei em silêncio e aos gritos
Até o fim da estrada que nunca vinha
Até que entendi o livre arbítrio...
Então, percebi na vida, a alegria
Perdão, percebi na estrada, energia
No chão, percebi as azas, que ironia
Solidão, te esqueci de vez, eu mentia...
E apesar de ter penado mais de um mês
E ter pensado o certo e o errado
Não considerei o talvez...
Nem sempre dois e dois são quatro...
O certo é que penei por nós três
Por mim, por você, e pelo abstrato...
|