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Poesias-->Os Túneis de Paulo Nunes Batista -- 07/12/2002 - 15:24 (m.s.cardoso xavier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Os túneis

Paulo Nunes Batista



São túneis dentro de túneis

Imensos – túneis de túneis

Que se emendam, seguem, seguem

Se alongando se alongando

E de novo desembocam

Dentro de outros novos túneis

Caóticos, multiplicados

Em túneis fantasmagóricos-

Longuíssimos subterrâneos

Abertos dentro de mim...

Canais, fossas, calabouços

Onde me perco sem fim...



São triângulos, quadrados,

São losangos e retângulos

De mil cores impossíveis,

Umas montadas nas outras

Como cavalos indóceis,

Velozes corcéis correndo

Pelos túneis infinitos

Onde me sinto uma abelha,

Mosca multicolorida,

Formiga psicodélica

Ou barata inteligente

Nesses Reinos do Abscôndito.



São luminosos abismos

Em que mergulho bem fundo

E volto à tona nos vórtices

Em redemoinhos – báratros

Que me sugam, que me chupam

E me engolem e me vomitam

Tal como gosma flamívoma

De monstruosas crateras-

Goma elástica expelida

De gargantas infernais:

E eu – formigueiro me movo

No verde do cânion – pélago.



São os círculos concêntricos

Dos quais sou centro, sou círculo

E também circunferência-

Um ponto que se desloca

Mas permanece no ponto

Ainda imanifestado

Aquém e além da figura:

Um nada que se projeta

Para as Matéria do TODO –

O ponto-luz-incolor

Arco-irisado de cores,

Materializado em sons...



São as catedrais fantásticas,

Os templos mirabolantes,

Os pagodes mais exóticos

Construídos sobre nuvens.

E dentro dessas Igrejas

Sou sacerdote –zangão

Oficiando o mistério

De missas-negras, magias

Que me e (n) levam e submergem

Nas Ondas do Incenso



Notícia Rápida sobre Paulo Nunes Batista:

Paraibano radicado em Goiás (Anápolis), morou em cerca de vinte cidades do Brasil, inclusive nas maiores capitais (Rio, São Paulo, Belo Horizonte, Recife, além de Goiânia e João Pessoa), exercendo atividades desde cobrador de ônibus, trabalhador braçal até jornalista e professor, sendo aposentado do Fisco de Goiás, onde ingressou por concurso público.

Militou no PCB de 1946 a 1952, época em que foi preso político em São Paulo, como redator que era do diário HOJE, arbitrariamente fechado por um IPM. Nunca foi torturado, mas assistiu à tortura de preso quando de sua outra prisão, em Recife. Como jornalista vem denunciando e protestando contra sevícias a presos, políticos ou comuns. Vem há muitos anos publicando artigos, crônicas, reportagens e poesias na imprensa de Goiás, do Brasil e de Portugal.

PNB é autor de seis livros e mais de 140 folhetos de cordel, editados a partir de 1949. Em 1961 tornou-se espírita e vem colaborando na imprensa doutrinária desde então. Tem vários outros livros prontos para publicar (O Cordel Iluminado, Cantos de Pedra e de Flor etc) e continua produzindo. É formado em Direito.



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