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Contos-->A Morte do Amor Eterno -- 26/09/2002 - 11:47 (Zerbinato) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
- Adoro a natureza! – Disse ela com seus olhos grandes e brilhantes, e continuou:
- Nossa como amo tomar banho de cachoeira e nadar nua em um rio calmo e transparente.
“Estou Fodido”, esse foi o único e imediato pensamento dele. Como se conter diante de tanta beleza? Como reprimir seu coração? Como evitar o toque de sua mão e o encontro com seus lábios? Seus lábios...
...Doce como o mel, quente como o sol, suave como o perfume de todas as flores em uma manhã de primavera, não, definitivamente seus lábios eram muito mais do que isso...
“Estou fodido”, repetiu o pensamento ao mesmo tempo em que se esforçava pêra esquecê-la...
...Queria a todo custo esquecer de seu rosto delicado, seu abraço carinhoso, seu colo aconchegante e sua voz hipnotizante, que entrava por seus ouvidos e percorria todo seu cérebro, ativando células a muito esquecidas, estimulando seus hormônios, entorpecendo seu corpo. Cada poro de sua pele exalava sua ânsia diante tão magistral fêmea.
A tela do computador a sua frente emitia uma luz cansada, que ia lhe cegando aos poucos, isso o irritava e de certa forma o trazia à realidade, o dia estava apenas começando e ele não conseguia se concentrar em nada, apenas nela.
“Oh, que noite maravilhosa foi aquela, poder dormir ao seu lado, envolvido por seus braços e seu corpo nu”. Não, eles não fizeram amor aquela noite, foi o amor dos dois que fez aquela noite.
Agora ele está ali, em frente ao computador, perdendo seu tempo, seu tempo com ela...
Ela? Onde estaria agora? Passeando? Trabalhando?
Como é cruel o destino, ele nos prega tantas peças, peças de tragédia, ódio, amor e a gente nunca consegue entender sua razões, nada se explica, nada se altera por nossa vontade, não adianta remar contra a correnteza, o rio da vida é assim mesmo, forte e impiedoso, turbulento e traiçoeiro, em alguns trechos ele se acalma, mas não agora, não hoje, uma forte corredeira ainda está por vir.
O dia passa sem que ele perceba, ficara ali, sentado em frente daquele computador, sem pressionar uma única tecla. Um dia perdido. Perdido em pensamentos, em desejos, em frustrações.
Ele não a teria novamente, estava decidido.
Em seu último manuscrito, a mensagem:
“Minha linda, desculpe, mas te amo!”.
Em seguida um “click” seco, um barulho ensurdecedor, um tiro. Seu corpo se esparrama pelo chão e seu sangue assina aquele bilhete e afoga todos os seus pensamentos.
O rio da vida mostrou do que é capaz. Mais uma peça de amor e tragédia acabara de ser escrita nas turvas linhas do destino.

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