Usina de Letras
Usina de Letras
132 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62231 )

Cartas ( 21334)

Contos (13263)

Cordel (10450)

Cronicas (22537)

Discursos (3239)

Ensaios - (10367)

Erótico (13570)

Frases (50628)

Humor (20031)

Infantil (5434)

Infanto Juvenil (4768)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140805)

Redação (3306)

Roteiro de Filme ou Novela (1064)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1960)

Textos Religiosos/Sermões (6190)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Poesias-->Edifício Santa Imaculada, 223 -- 09/12/2002 - 03:20 (Thiago R. M. Guedes) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Meio que sem saber

meio que sem pensar em nada

estava tudo tão azul



Estava tudo tão claro

Estava apenas ali na rua olhando aquele prédio

Estava tudo tão novo

Estava tudo com tão bom cheiro

Estava tudo me remetendo a esquecer os afazeres do dia



Oque havia de cinza já era

Nada havia restado daqueles lugares secos

Lúdicos



Me fizeram acreditar que eu era outro

Me fizeram acreditar que poderia o ser

Outro, nunca poderia



Por mais que faça

Por mais que mude

Ainda serei eu

Ainda fará parte de mim

Ainda fará parte dos meus vícios tantas vezes criticados

Ainda fará parte dos meus vícios tantas vezes bem vistos



Uma verdadeira vontade louca de mergulhar

Uma piscina grande, infinita

Uma piscina rasa e segura

Uma piscina de comprimentos inimagináveis, inalienáveis

Inalienáveis por mim



Eu posso, eu posso, eu posso

Não preciso fingir

Não preciso sorrir

Não preciso parar de dançar

Não preciso pôr o guardanapo no fundo do copo

Isso não me bem

Isso não me faz sentido



Tanto por vir

Tanto em mim

Uma visão de um prédio, um espelho da minha alma

Minha infinita alma, sou eterno

Você sabe o que isso significa?



Se quisermos nunca deixaremos de nos ver

Se quisermos sempre poderemos nos olhar

Sorrir do tempo

Sorrir de uma piada bem bolada

De uma estória

Sempre poderemos



Sempre poderemos nos apaixonar

Sempre poderemos voar

Sempre poderemos querer, realizar







Eu sou eterno, eu sou eterno

Eternos onde o norte é sermos iguais

Sermos tão parecidos



Somos todos um só

Eu, você, Deus, ela

Ela, eu sou a mesma coisa que ela

Assim como você

Assim como você também



Devemos nos amar tanto

Temos tanta luz

Temos tanta escuridão



Sabemos fazer com que as coisas façam sentido, gostamos disso

Podemos brincar com isso porque é bom

Podemos dançar pela eternidade porquanto isso nos for bom



Amando, nos encontrando, aprendendo, crescendo



O que seria do pensamento humano se vivêssemos mais 500 anos

Imagine minha maturidade com 423 anos

Imagine como eu poderia fazer amor com 423 anos

Em plena forma, saúde e felicidade

Um corpo que não sabe o que é mazela, não sabe o que é fim



Aquele prédio me fez pensar tanto, tanto



Havia parado ali porque peguei um cigarro,

Um que tinha acabado de fazer

Um com folhas de tabaco plantadas por mim

Por minhas mãos

Folhas regadas ao orvalho

Plantas que tiveram minha cachorrinha andando por entre suas folhas

Apenas balançando o rabinho, apenas fazendo isso



Como não tinha fósforo eu os pedi para um senhor que estava sentado no fiteiro

Em frente aquele prédio

Ele me deu um, oque foi o suficiente



O ar estava tão puro, o fumo estava do meu agrado

Agradeci

Continuei andando e sentei num bar

Pedi uma cerveja

Não fiz mais nada

Ali

Comendo amendoim

Tomando caldinho

Bebendo cerveja por toda a tarde



Ainda tonto chegue em casa

Imagine

No meu bolso uma caixinha de fósforos com as duas lixas ainda por usar.

Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui