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Cronicas-->Primeira Impressão -- 23/07/2002 - 03:55 (Beatriz Galvão) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

A necessidade de ter uma primeira impressão em tudo é, às vezes, irrelevante. Árduo, porém, o trabalho de se levar essa primeira impressão adiante.
Ser Humano(?) é, por vezes, complicado, mas tenta-se, de diversas formas diferentes, tantas as possibilidades que nos são ofertadas pela imaginação.
Ainda não encontrei minha forma de ser completa, estou me inventando a cada dia e tenho a péssima mania de, ao contrário da maioria das pessoas, achar que hoje, sim, hoje sou infinitamente melhor que ontem. Penso isso embora não tenha certeza de nada.
Agora mesmo, ao encontrar meu caderno de anotações (acessório cuja importància a um escritor é equivalente a um estojo de primeiros socorros para um socorrista, guardadas as devidas proporções) tive uma surpresa: em meu caderno de Cronicas encontrei uma carta que certamente guardei sem querer no lugar certo -não sou muito organizada com o que escrevo - e a esqueci por muito tempo. Emocionei-me ao lê-la novamente, já que era para um ex- namorado meu. Isso, além de trazer-me inevitáveis recordações, fez-me pensar em diversas possibilidades de desfecho para minha história com ele, caso eu o tivesse entregue a carta. Vejamos bem, era uma carta de não- tentativa- de- reconciliação- embora- fosse, de certa forma. É que eu o lembrava de nossos melhores momentos juntos, fazia com que os piores momentos parecessem o paraíso e negava que fazia tudo aquilo numa desesperada tentativa de reconciliação, embora fosse.

Ok. Aqui eu faço uma pausa para meditação. O ser Humano (com especial ênfase para o Ser- Humano- Feminino) é, realmente e sem sombra de dúvidas, um ser complicado.Tentar explicar sua complexidade interior é loucuramente árduo, embora divino, já que, se conseguirmos realizar tal tarefa provavelmente impossível, estaremos adentrando no espaço mágico do universo, um espaço divino que nos trará as chaves de soluções para os mais variados problemas. Por outro lado, também estaremos invadindo a privacidade de cada Ser, o que pode ser uma faca de dois gumes. Portanto, a impossibilidade de tornar-se conhecedor supremo neste campo do conhecimento pode ser extremamente positiva e fascinante, já que estimula a imaginação e a necessidade do diálogo (eu disse diálogo, não monólogo) para a tentativa -feliz ou infeliz -de entendimento entre os indivíduos que, mesmo sem se conhecerem plenamente, conhecem-se o suficiente para se amarem.

De volta à minha história inicial, eu poderia enumerar toda a série de possibilidades de desfecho para a minha história, mas isso seria um capítulo à parte de pura divagação e especulação -que, modéstia à parte, é o que eu sei fazer de melhor -porém e portanto, limito-me a dizer que, se fosse hoje, eu já teria entregue a bendita da carta, só para saber concretamente, o que teria acontecido.
Ou não, pois o fato de não ter acontecido me leva -e tenho a certeza de que leva o prezado leitor também -a imaginar todas as posibilidades possíveis ou não...

Pensando melhor, foi bom não tê-la entregue. Qual o problema? Por que está bravo? Qual o problema de se mudar de opinião? Sabe, a necessidade de ter uma primeira impressão em tudo é, às vezes, irrelevante. Árduo, porém, o trabalho de se levar essa primeira impressão adiante.





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