Quantos anos já passados,
Da infância a recordar,
Belos momentos sonhados,
Que vontade de chorar.
Foram tempos venturosos,
Distantes e tão felizes,
Dos folguedos prazerosos,
Repletos de tantos matizes.
A manhã surgia bela,
O sol brilhava imponente,
Brinquedos, modinhas singelas,
Num alvorecer comovente.
Das tardes me lembro feliz,
Dos pássaros em revoada,
Canários, azulões, bem-te-vís,
Trazendo cantigas ensaiadas.
A noite, qual pura donzela,
Como um ragato dolente,
Meu Deus como era bela,
Que esplendor envolvente.
Após a Ave Maria,
Ouvida em prece silente,
Augurando o próximo dia,
Quanta paz envolvendo a gente. |
