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Artigos-->A Internet e Graham Bell -- 04/02/2002 - 17:55 (João Brito) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Se Graham Bell, o inventor do telefone, ainda estivesse vivo, certamente seria além de um milionário excêntrico, caso houvesse investido na sua invenção, como também estaria tanto satisfeito com o futuro do seu negócio, quanto orgulhoso da utilização do mesmo. Explico: é verdade que há muito tempo, quando do início das comunicações telefônicas, era pressuposto que os telefones serviriam essencialmente para substituir aquele vagaroso mensageiro, que levava dias para entregar uma mensagem escrita ao destinatário, o qual poderia estar a apenas 5 milhas do remetente ou a 100 milhas. Contrariando este pressuposto inicial, as donas de casa, no final do século passado, já trocavam receitas de bolo através do telefone, mesmo que para isto fosse preciso várias tentativas de conexão - realizadas na maioria das vezes a maniveladas, seguidas de gritos ensurdecedores. O tempo passou, a era da tecnologia chegou e com ela o telefone tornou-se o mais importante meio de comunicação deste final de século. Sem o telefone e os milhões de informações que trafegam a todo instante por ele, entre todos os cantos deste planeta, estaríamos fadados a um colapso global nas comunicações e porque não a um gigantesco atraso no desenvolvimento do conhecimento humano. Assim, como da noite para o dia, nasceu o que chamamos atualmente de Infoway - Rodovia da Informação, este turbilhão de informações que circunda o planeta e que tem a sua espinha dorsal baseada no telefone e na transmissão de dados via satélite. Parte integrante desta Rodovia, a cerca de 10 anos, nos E.U.A, surgiu a Internet como a conhecemos hoje. O que parecia, a princípio, apenas um sistema que interligava computadores, cujo objetivo era o de efetuar trocas de arquivos e mensagens entre postos de informações estratégicos de defesa nacional criados pelo Pentágono norte-americano, logo ganhou o domínio das universidades daquele país. As universidades, por sua vez, passaram a utilizá-lo intensamente para pesquisas e estudos nas áreas da ciência da computação, até que, em uma delas, um estudante desenvolveu uma linguagem de interface gráfica, que levou à criação do software mais conhecido do mundo, o Netscape.

Com a proliferação do computador pessoal no uso doméstico, o que se viu foi que, rapidamente, a Internet deixou os meios científicos e militares para ganhar o domínio popular nos E.U.A e no resto do mundo a seguir. Muitos atribuem este sucesso ao fato da Internet trazer, na sua essência, uma proposta inédita no mundo da informação, isto é, a de disponibilizar a informação requerida pelo usuário, de forma universal e onipresente.

Todavia, o sucesso da Internet deu-se muito mais através da World Wide Web, as já conhecidas páginas www, do que pelos demais recursos que ela oferece, ainda desconhecidos do público em geral. Estas páginas, verdadeiros livros virtuais, folheadas literalmente página por página, contêm recursos gráficos cada vez melhores, oferecendo um potencial enorme de disseminação entre usuários de imagens e textos, em outras palavras, de informação. A informação, tanto pode ser um palavrão escrito por um jovem adolescente num dos quatro cantos do mundo, durante um bate-papo numa sala virtual, quanto pode ser o número de uma polpuda conta corrente num banco Suíço. Ambas, podem ser vistas ao mesmo tempo por diversas pessoas em diferentes lugares, proporcionando assim o efeito da onipresença. A informação passa a ser também universal, visto que pode estar aqui no meu computador, ali no do vizinho, ou em qualquer outro lugar, o importante é que ela está em algum computador conectado à rede, basta acessá-la para usá-la, como quiser e quando quiser. É claro que, no caso da conta corrente, o acesso dependerá de uma senha codificada pelo banco onde a conta se encontra. Mas, na Internet, as coisas são assim mesmo, toda informação tem o seu valor absoluto igual, não há diferenciações, o grau de importância é dado pelo usuário. Se ele deseja realizar uma viagem à Grécia, torna-se importante obter informações sobre este país, mas se deseja ler a biblioteca do Vaticano com o intuito de ampliar seus conhecimentos sobre história universal, é só dar um pulinho lá, quero dizer, virtualmente através das www’s e pronto, tudo estará disponível para seu uso.

A Internet nos leva ao século XXI, hoje mesmo, quando podemos finalmente, como nos filmes de Júlio Verne, fazer com que a máquina seja nossa aliada, não só em tarefas complexas, como também no lazer e nos afazeres corriqueiros, tal como ir às compras no supermercado sem sair de casa, encomendar um livro, um CD, ou enviar uma carta em poucos segundos a um amigo que se mudou para a Austrália. Esta flexibilidade entusiasma qualquer pessoa, mas assusta quem ainda não acredita que o homem foi à Lua.

Há ainda, por dizer, que a maior virtude da Internet não está fora dela, mas sim nela mesma como uma célula, um organismo vivo que contêm a informação da qual precisa para se desenvolver e, deste modo, propiciar o seu auto-crescimento, isto por si só, justifica o seu desenvolvimento espantoso em tão pouco tempo. Só para citar um exemplo, há bem poucos meses, meu filho de 15 anos desconhecia por completo a estrutura de confecção de uma página www, hoje, orgulhosamente exibe a sua para seus amigos e ainda se oferece para realizar este e outros serviços que ele habilmente soube pesquisar e encontrar na própria Internet.

Se a revolução industrial trouxe ao Homem as máquinas, a Internet com a sua concepção anárquica trouxe ao Homem a facilidade da obtenção do conhecimento, de maneira audaciosa e de forma universal, ou seja, sem limites, fronteiras, barreiras, etc, preparando-o para um salto em direção ao futuro, onde desenvolverá a sua inteligência e tratará dos músculos para apenas embelezar ainda mais o corpo que Deus lhe deu.

Portanto, caro leitor, concluo que se Graham Bell estivesse vivo poderia dizer que havia se arrependido muito se não houvesse investido nesse negócio de telefone, mas por outro lado, estaria muitíssimo orgulhoso pela enorme contribuição que fez à evolução do Homem, sobretudo para a disseminação do conhecimento nos quatro cantos do mundo, como jamais houve anteriormente na história da humanidade.



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S. P. 03/09/96
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