A doçura de olhar o mar
E descansar nos braços do vento,
Velejar, se deixar levar pelo mar,
Marear, entorpecer a tristeza
De observar os barcos
Que do cais vão-se indo, partindo,
Que lindo era ver seu passo no meu cantar,
Nossa escola na avenida,
Meu samba compassado no seu requebrado
E o povo aplaudindo seu gingado mulateado
Que pela avenida e na minha vida
Já tinha passado,
Hoje somente me alegro ao olhar o mar,
E descansando nos braços do vento
Velejo, deixo o mar me levar
Pra fazer menos triste a tristeza
De observar os barcos
Que do cais vão-se indo,partindo,
E eu rindo da esperança
De ter você outra vez em meus braços pra ir além,
Além de mim, além do mar, além do mais
Os barcos nem sempre voltam pro cais.
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