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Artigos-->ENCICLOPÉDIA LITERÁRIA E A ENTREVISTA DE JOÃO UBALDO RIBEIRO -- 05/02/2002 - 09:01 (Mário Ribeiro Martins) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
ENCICLOPÉDIA DE LITERATURA BRASILEIRA.

(REPRODUÇÃO PERMITIDA, DESDE QUE CITADOS ESTE AUTOR E O TÍTULO).



MÁRIO RIBEIRO MARTINS*







No auditório da Academia Brasileira de Letras, no Rio de Janeiro, no dia 12 de dezembro de 2001, foram lançados os dois volumes da ENCICLOPÉDIA DE LITERATURA BRASILEIRA, de Afrânio Coutinho e J. Galante, ambos falecidos, agora sob a coordenação de Graça Coutinho e Rita Moutinho.



Do ponto de vista gráfico, a Enciclopédia está excepcional. O tocantinense mais citado na Enciclopédia é o escritor Mário Ribeiro Martins, em virtude de seus DICIONÁRIOS BIOBIBLIOGRÁFICOS DE GOIÁS E TOCANTINS que deram suporte a dezenas de verbetes da enciclopédia, de tal forma que o seu verbete ficou maior do que o de Jarbas Passarinho e Roberto Marinho.



Quanto ao conteúdo, apresenta vários problemas, especialmente considerando que a atualização foi feita até abril de 2001.



Todos os Estados brasileiros ganharam um VERBETE ESPECIAL, muito bem elaborado, menos o ESTADO DO TOCANTINS, embora criado em 1988 e com uma divulgação extraordinária pela mídia nacional.



As cidades do atual Estado do Tocantins foram colocadas como se ainda fossem Goiás, entre as quais, DIANÓPOLIS, conforme páginas 382,1307, etc.



Os fatos relativos ao Estado do Tocantins foram inseridos dentro do verbete de Goiás, como se fosse norte goiano.



As informações literárias sobre o Tocantins não foram baseadas em livros atuais, como o DICIONÁRIO BIOBIBLIOGRÁFICO DO TOCANTINS, de Mário Ribeiro Martins, BREVE HISTÓRIA DO TOCANTINS, de Otávio Barros, HISTÓRIA DIDÁTICA DO TOCANTINS, de Liberato Póvoa, mas em textos antigos produzidos antes de 1990, com a visão do norte de Goiás.



Embora se declare que a Enciclopédia foi atualizada até abril de 2001, não foram incluídos os principais escritores do Estado do Tocantins e os poucos incluídos não tiveram os seus verbetes atualizados, entre os quais, o Desembargador Liberato Póvoa que teve o seu extenso CURRICULUM VITAE reduzido a 5(cinco) linhas.



Aos coordenadores da Enciclopédia, foram enviados, em tempo hábil, os dois grandes dicionários da região- DICIONÁRIO BIOBIBLIOGRÁFICO DO TOCANTINS e DICIONÁRIO BIOBIBLIOGRÁFICO DE GOIÁS- ambos com mais de três mil biografias de escritores, com livros publicados.



Apesar destas informações enviadas, a Enciclopédia contemplou apenas 14 escritores do Estado do Tocantins, entre os quais, o escritor, romancista, contista e cronista, Moura Lima, deixando de lado quase todos os membros da Academia Tocantinense de Letras que, por sua vez, nem ao menos foi mencionada, nos verbetes academias ou agremiações.



Muitos verbetes incompletos da 1ª edição permaneceram falhos na 2ª edição, embora revista e atualizada, apesar de os coordenadores terem recebido novas fontes para corrigí-los, entre os quais, o verbete do tocantinense Francisco de Brito, com três linhas na página 384, e que no DICIONÁRIO BIOBIBLIOGRÁFICO DE GOIÁS E TOCANTINS, ocupa duas páginas.



A prova de que não houve a revisão, ampliação e atualização, de forma completa, é o fato de que o último “TROFEU JUCA PATO”(INTELECTUAL DO ANO) registrado na Enciclopédia é o de Cora Coralina, em 1983. De lá para cá já foram entregues 18 troféus, não mencionados na versão atual da Enciclopédia. O “TROFEU PATO” é o mais importante prêmio literário do Brasil, concedido anualmente pela União Brasileira de Escritores, em convênio com o jornal “FOLHA DE SÃO PAULO”.



O Instituto Histórico e Geográfico de Goiás, instituição atuante, que tem sede própria, publica uma revista trimestral e foi fundado em 1933, não foi VERBETADO.



As Academias de Letras existentes no país, tanto as estaduais, quanto as regionais ou locais foram todas estudadas, apresentando a história de cada uma, menos a Academia Tocantinense de Letras, embora esta instituição tenha sido fundada, antes da primeira edição da Enciclopédia, em 1990.



De qualquer forma, os méritos gerais da Enciclopédia são incontestáveis e ela merece os melhores encômios. A primeira edição que saiu em 1990, foi publicada exclusivamente pelo Ministério da Educação e Cultura(MEC). Os dois volumes atuais, da segunda edição, publicada agora em dezembro de 2001, foram patrocinados pela Fundação Biblioteca Nacional, pelo Ministério da Cultura, pela Academia Brasileira de Letras e pela Editora Global, de São Paulo, que a publicou.









Mário Ribeiro Martins

é escritor e Procurador de Justiça.

mariormartins@hotmail.com



A ENTREVISTA DE JOÃO UBALDO RIBEIRO





Mário Ribeiro Martins*





Quando a jornalista NÁDIA TIMM, do jornal O POPULAR, de Goiânia, entrevistou(14.05.2002) JOÃO UBALDO RIBEIRO, sobre seu novo romance “DIÁRIO DO FAROL”, perguntou se ele “conhecia escritores goianos”.

Em resposta, o baiano de Itaparica disse que não conhecia. Não é possível que João Ubaldo Ribeiro não conheça BERNARDO ÉLIS, seu antigo colega na Academia Brasileira de Letras, onde ocupou a primeira cadeira da Academia, a número 01, depois de ter concorrido com Juscelino Kubitschek.

Bernardo Élis é goiano, de Corumbá de Goiás e autor de dezenas de livros, entre os quais, “O TRONCO”, transformado em filme pelo cineasta João Batista de Andrade. Qualquer pré-vestibulando conhece Bernardo Élis e sua obra.

Assim, parece que a resposta dada pelo meu conterrâneo baiano foi recheada de um certo “esnobismo intelectual” para desmerecer os escritores de Goiás. Desconhecer BERNARDO ÉLIS, o único goiano a alcançar a Academia Brasileira de Letras é o cúmulo do absurdo, a não ser por mero acinte.

Mas como o baiano João Ubaldo disse na entrevista que gasta “dias e dias para ler uma mesma página de Shakespeare”, tudo é possível. Não sobrou tempo para conhecer a literatura feita dentro da própria Academia Brasileira de Letras, a que pertenceu Bernardo Élis.

O que dizer do escritor goiano, de Corumbá de Goiás, J.J.VEIGA, também residente no Rio de Janeiro? Além de autor de “OS CAVALINHOS DE PLATIPLANTO” e “A HORA DOS RUMINANTES”, foi também Tradutor e Redator da REVISTA SELEÇÕES(READER`S DIGEST).

Como se vê, foi infeliz o escritor baiano, ao afirmar que não conhecia escritores goianos. Tal afirmativa, enfim, só leva a dois caminhos: ignorância da literatura nacional ou mero esnobismo intelectual.

Quem mora no Rio de Janeiro e é intelectual não tem como desconhecer, por exemplo, GILBERTO MENDONÇA TELES, Goiano, de Bela Vista. Além de residir no próprio Rio de Janeiro e ser professor da Pontifícia Universidade Católica(PUC), recebeu, em 1989, o PRÊMIO MACHADO DE ASSIS, da própria Academia Brasileira de Letras, a que João Ubaldo pertence.

E o que dizer de Afonso Félix de Souza, goiano, de Jaraguá, também residente no Rio de Janeiro? Autor de “MEMORIAL DO ERRANTE”, “ÁLBUM DO RIO”, entre outros. Para não falar em Hugo de Carvalho Ramos(TROPAS E BOIADAS), Isócrates de Oliveira(HORA DO ANTICRISTO), etc, além de centenas de outros nomes que são retratados no “DICIONÁRIO BIOBIBLIOGRÁFICO REGIONAL DO BRASIL”, via INTERNET, dentro de ENSAIO, no site www.usinadeletras.com.br.

Como se observa, apenas os nomes acima mencionados são suficientes para mostrar o erro em que incorreu o autor de “VIVA O POVO BRASILEIRO”, João Ubaldo Ribeiro e a injustiça cometida contra os escritores goianos.





*Mário Ribeiro Martins

é escritor e Procurador de Justiça.

mariormartins@hotmail.com

Home Page: www.mariomartins.com.br

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