Poeta louco II
Sou um poeta muito louco,
escrevo no vento
as estórias que invento
de um artista arranca-toco.
A estória não começa
porque está pelo meio,
o enredo é alheio,
complicado, muito fubeca.
O artista é repentista,
a estória, vem da memória,
não subestima a rima,
calculista e retratista.
Da parede soltou o reboco
e da estória pediu um fim,
termina logo o sufoco
dentro de um botequim.
Pezente.
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