Despedir-me-ia da tolice
da falta de amor, de um toque
do silêncio, da mesmice
da tristeza da ausência de mim mesmo
Escrevi poemas, rompendo em emoção
Libertei-me da tristeza e da amargura
com meu peito aberto, expus meu coração
que já queria fazer de mim sua sepultura
Despeço-me hoje da alegria
Da esperança, de meu ser tolo
Pensando poder viver um amor
e toda sua beleza pura e frágil
Despeço-me de minhas poesias, calado
Da emoção, da crença em meu ser
Assisto de luto meu coração já sepultado
E aguardo uma vida de morrer
Nunca mais de viver.
Gerson Rocha© |
