Aos trinta e dois anos, Cafu se apresenta com excelente vigor físico e grande disposição nos jogos. Foi para a Copa extremamente
desacreditado por especialistas de crónica esportiva. Estes nunca imaginavam que por trás da camisa verde e amarela, Cafu guardava
habilidade e técnica de sobra.
Cafu enfrentou muitas críticas até chegar na posição que está hoje. Foi muito rejeitado em vários clubes por não ter experiência
nos cruzamentos, porém, com o tempo, passou a dedicar-se obsessivamente a treinos específicos tornando-se esse jogador habilidoso que hoje assistimos nos jogos. Foi o único jogador do
mundo a disputar três finais consecutivas com a ocupação de lateral-direita brasileira.
Cafu descartou qualquer chance de segurarmos as lágrimas no momento em que ergueu a taça, a nossa taça, mais de ninguém. Foi
um momento precioso e inesquecível. Ele queria estar mais alto que todos para mostrar ao mundo inteiro qual era o verdadeiro país do futebol. Fez uma declaração de amor à mulher na frente de todo o mundo. Quem é que não gostaria de ser aquela Regina de quem Cafu falava? O menino pobre, que ignorado em vários clubes, foi ao céu. Se ele ficasse assim para sempre, seria feliz para sempre.
Um jogador imprescindível em sua função de habilidade e experiência. Um jogador atencioso à família, cujo pai era pintor e mãe, empregada doméstica. Um jogador 100% do Jardim Irene. Um
jogador que nos momentos cruciais, foi capaz de colocar os nervos do time no lugar. Um jogador que brilhou mais que os próprios papéis
prateados ao erguer a taça. Um jogador que acima de tudo, continua sendo humilde. Um jogador que nos trará mais conquistas mundiais, além desta. Um jogador que sem dúvida alguma, ficará marcado na história das Copas.
Parabéns ao nosso herói! Parabéns ao rei da Nação!
