As águas escuras do lago
guardam a Dama em prantos
A calmaria engana os sonhos
da espera do mais lindo afago
Ondas sacodem a nau-corpo
Que treme, balança, afunda
De perder-se na rota absurda
Quedando da vida e do amor-topo
Ressurge das águas acolhendo a espada
Guardiã da dor e da vitória
Quando, mesmo triste, é invejada
A Dama descansa em seu íntimo
Na certeza da eternidade inevitável
do seu amor que vê, inesgotável
Gerson Rocha©
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