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Artigos-->Saber Dizer Não -- 05/02/2002 - 16:11 (Thiago de Oliveira Domigues) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Florianópolis, 12 de setembro de 2001





Quando comecei a cursar Relações Internacionais na UNISUL, uma ex-acadêmica do Curso me disse o seguinte: "Ser diplomata é nunca dizer não, porque se você diz não, encerra-se uma negociação." A palavra "não" pode ser refletida em diversos modos e soa com um ar de inflexibilidade. Mas será?



Depende em relação a que se diz um não. O governo brasileiro disse "não" às leis de patentes de remédios dos EUA e continuou fabricando e distribuindo os coquetéis para tratamento da AIDS. O mundo em desenvolvimento agradeceu. O "não" do nosso governo gerou discussões nas conferências da ONU e formou um bloco de países dispostos a dizer "não" para o governo estadunidense, que em nome da ética disse "não" aos interesses econômicos.



É preciso saber dizer "não" e tomar posições. O diplomata deve ser cortês, e excelente negociador. Pois, se não há cortesia, não há negociação. E se há excesso de cortesia, também não há negociação, mas concessão de seus interesses.



Os Estados Unidos disseram "não" e assim posicionaram-se político e economicamente diante do resto do mundo. Mas não se interessaram em negociar, somente em ditar, e viraram as costas para a pobreza, a fome, a AIDS, o meio-ambiente, enfim, para todo o Direito Internacional. Interferiram nos conflitos em que tiveram interesses estratégicos e tomaram decisões parciais na maioria dos casos. Só que agora foram as minorias que disseram "não" ao "não" do presidente Bush e, como na matemática negativo vezes negativo é positivo, "não" vezes "não" é igual a "sim". Um "sim" trágico, que resultou no último estágio da incompetência diplomática, a declaração de guerra.



Agora é ação e reação ou a diplomacia. Só que após um atentado terrorista praticado por um inimigo invisível, a quem atacar? Com quem negociar? É enorme o número de insatisfeitos com a política externa estadunidense. Terão de negociar com o mundo, com a intolerância e o com próprio orgulho. O terrorismo é o principal inimigo, hoje, capaz destruir o "Império Ianque" e tem adeptos de diversos países. A ação e reação podem desencadear mais ataques terroristas não só nos EUA como em outros países. Portanto, chegou a hora da diplomacia falar mais alto, dos EUA serem flexíveis e repensarem a política externa. Será o "não" para o terrorismo.



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