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Poesias-->BUCHUDA -- 15/12/2002 - 16:59 (lilia diniz) |
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Grávida de poemas
baldeio versos pálidos
embriagada pelo licor da inspiração
entonteço em palavras
e cambaleio quase em passamento
Tenho alucinações com gosto de alho e
no escuro tateio versos
que fervilham como azeite apurado
no fogo da casca de babaçu
Busco dormir em vão
poemas vão germinando
qual plantio de feijão
no abafado da roças encoivaradas
Arde em mim um simiente desejo,
no truvo do quarto
misturo palavras no papel
Quando passa a gastura
vem a ressaca.
E como diz o ditado:
“pra sair de uma ressaca
somente outra cachaça”
bebo novamente na caneca prateada
da garapa que me engravida
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