----- Prometi contar-Te a minha participação na romagem de saudade que ex-combatentes em Moçambique, na época 62/65, efectuam anualmente no último sábado de Julho. Aqui estou pois a fazer resenha da jornada.
----- Às 8 horas, do Porto, eu, o meu amigo Dinis Lopes, sua esposa Júlia e a Catarina, neta de quatro muito vivos Marços, começamos a ascensão até Chaves, onde chegamos duas horas e meia depois.
----- Cerca de 100 ex-militares aguardavam à entrada do quartel local, onde se iniciou o convívio com uma visita à s instalações, um enorme espaço muito bem cuidado mas de reduzidíssima actividade.
----- Em dado momento dei comigo de olhar fixo num largo campo de treinos onde estava distribuída a diversa aparelhagem que permitiu adestrar as dezenas de milhares de soldados que combateram no nosso ex-ultramar.
----- De repente a visão consumou-se: o campo encheu-se de movimento com centenas de recrutas em tronco nu a exercitarem-se. Ouvi nitidamente os gritos de comando dos sargentos e oficiais que geriam as diversas e rudes provas atléticas. Senti-me tomar impulso num trampolim e a lançar-me voando para além das caixas sobrepostas que formavam o obstáculo a passar. Corri 3.000 metros e saltei sucessivamente todas as barreiras que se me deparavam. Imaginei-me pois há quarenta e dois anos atrás, no meu caso, em Vendas Novas, nos anos 60, quando na Escola Prática de Artilharia fui incorporado no COM.
----- Cerca das 13h00, no hotel Brasil, participei num almoço que se alongou até cerca das cinco da tarde. Seguiram-se os cumprimentos e abraços de despedida, os votos de mais um ano a correr bem, até Julho de novo, mas da próxima vez em Viana do Castelo.
----- Regressamos ao Porto por volta das 20h00. Nem jantei. Tomei um banho e adormeci a pensar nas Chaves da Vida e em...
----------------- Torre da Guia ------------------