Usina de Letras
Usina de Letras
130 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62186 )

Cartas ( 21334)

Contos (13260)

Cordel (10449)

Cronicas (22534)

Discursos (3238)

Ensaios - (10351)

Erótico (13567)

Frases (50587)

Humor (20028)

Infantil (5426)

Infanto Juvenil (4759)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140793)

Redação (3302)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1959)

Textos Religiosos/Sermões (6184)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Poesias-->Cor sem cor -- 17/12/2002 - 12:11 (Javier Martínez) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Na madrugada das cinzas

o cigarro à espreita

a realidade confundida

o relógio vazio

o corpo futuro.

Cinzas do sul pobre e faminto

do norte ambicioso

dos conflitos leste-oeste

das bússolas histéricas

da carnificina celestial.

As cinzas mais cinzas em março

em janeiro pasmo, em aquário

entre pálidos invernos

de verões de fogo insano

e estações sem sossego.

Resquícios de um mundo otário

de vulcões e avenidas

de quebradas, de prefácios.

Chora a chuva nuvem cinza

o mar se evapora, cinzas d’água

o sangue coagula, vermelha cinza

o sertão, cinza de terra apagada.

Cinzas podres, cinzas velhas

cinzas frias, cinzas gastas.

Na madrugada das cinzas

as cinzas viraram cinzas

não há mais nada há dizer

a palavra virou cinza.
Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui