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Poesias-->Morro de amores por meu Senhor -- 18/12/2002 - 14:59 (Nilton José Mélo de Resende) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Morro de amores por meu Senhor.



E Tanto que peço: aniquila-me, Amado.

Joga sobre mim um raio de teu amor

e espalha minhas cinzas sobre os homens,

para que todos saibam como meu Senhor é bom.



É daqueles carinhosos,

que não negam um consolo à amada.

E se prometem dão sempre mais que o prometido.



É pródigo o meu Senhor.



Derrama sobre mim seu amor em torrentes,

abrindo seus longos braços que me enovelam em seu peito.



Tão quente, ardentíssimo o peito de meu Amado.;

que enquanto me abraça sussurra

(aos meus ouvidos canções as mais belas).



E nem fecho os olhos para ouvi-las.;

pois onde encontrar beleza maior que em meu Amado?



Fixo-me em seus lábios,

escarlates como a ferida em meu coração quando se vai.

Escarlates como o sangue que derramaria para tê-lo de volta.



Mas não demora muito o meu Amado.;

é cuidadoso, tão solícito o meu Senhor:



vem sempre com um ramalhete nas mãos.



Na última vez, trouxe-me lírios os mais puros,

cândidos como os dentes que quase não se viam quando beijava as pétalas.

“São para o meu amor” — diz o meu Amado.

E quase desfaleço

— não fosse estar a própria minha vida a enredar-me nos braços.



Eu, uma quase meretriz,

que em ausência de seu senhor procura-o por todos os lados.

Mas não o encontrando satisfaz-se,

não se satisfazendo,

com o pouco que são todos os outros.



Mas já o disse a Ele. E o fiz nestes termos:



“Amor, por que te demoras nas viagens?

Não sabes então que sou fraca

e sem ti corro logo a beber do regato mais próximo?

Não te demores, Senhor!

Que ao menos mande sempre lembranças tuas,

ó rio cristalino.”



“Vem, vem logo — é o que clamo nas noites.

Vem que tenho sede.

E fecho os olhos a te imaginar. Mas debalde.

Que nenhum pensamento te chega sequer aos pés.

Uns pés que clamo para que me apareçam à frente

e eu os possa banhar com minhas lágrimas e meus beijos.

E com os cabelos enxugar.”



Assim digo ao Amado.

Que sorri aquele seu sorriso.



Não demores, Amado.

Não sabes que sou como meretriz,

que na ausência do senhor corre

a buscar beber do primeiro regato?



Não demores. Tem misericórdia.

E confia em tua amada,

que se esforça em te preparar as melhores iguarias.

Apesar de nenhuma digna de ti.

Pois se delas a maior sou eu mesma?!



Mas iguarias.

Onde se deleita Aquele que as tornou iguarias.



Vem, Amado.



Prova do manjar que te preparo com teu próprio amor.



Amo-te, Senhor. E não te trairia.

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