Usina de Letras
Usina de Letras
38 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62275 )

Cartas ( 21334)

Contos (13267)

Cordel (10451)

Cronicas (22539)

Discursos (3239)

Ensaios - (10382)

Erótico (13574)

Frases (50664)

Humor (20039)

Infantil (5454)

Infanto Juvenil (4778)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140817)

Redação (3309)

Roteiro de Filme ou Novela (1064)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1961)

Textos Religiosos/Sermões (6206)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Poesias-->O ser adeja imponente... -- 18/12/2002 - 15:06 (Nilton José Mélo de Resende) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O Ser adeja imponente

e desnudo e circunciso.

Abre a boca e se afigura

um terceiro sol na face.

Preparo as fundas de jade,

arremesso-as em seu rosto.

Do olho vazado bebo

marfim-lava, eu gozoso.

Inteiriço, também triste,

ele me fita, insone.

E tremido eu lhe cravo

minhas garras em seu corpo.

Em meu rosto esfrego carne:

uns nacos e muito sangue.

Minha pele se avermelha.

E a língua lambe, lambe.

Que queres? — Ele pergunta,

rasgando-se Ele no peito.

Se me queres, podes ter,

nós tão um ao outro afeitos.

Não queiras esses pedaços,

não os queira tão somente.

E mostra-me um coração,

sereno e fulgurante.

Vem e toma, que é teu

— diz-me Ele em mudo semblante.

Dou-lhe as costas num volteio,

retirando-me alteroso,

a face inteira transida.

Não me chames. Eu sou morto.

Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui