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Infantil-->A verdadeira história de chapeuzinho vermelho -- 25/09/2000 - 23:40 (Dilvânia Luiza Carlinha) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A VERDADEIRA HISTÓRIA DE CHAPEUZINHO VERMELHO

Meu nome é Alice. Sou vizinha de Aninha, a menina mais levada de nossa vila e que todos insistem em chamar de “Chapeuzinho Vermelho”. Que bobagem! Bem que minha mãe sempre fala que as pessoas gostam muito de distorcer as histórias. Principalmente as pessoas mais ‘velhas’ ,são elas que contam as histórias distorcidas para nós, crianças. E que distorção enorme aconteceu com esta história de “Chapeuzinho Vermelho” tsc, tsc, tsc....!
Mas como sempre sobra alguém para contar a história eu vou contar.
Tudo aconteceu em um dia lindo de muito Sol. Todas as crianças da vila estavam reunidas na pracinha, estávamos brincando e nos divertindo muito até que Aninha teve uma idéia:
-‘Ei pessoal, vamos entrar na floresta? Eu aposto com vocês que o Lobo que mora lá é o mais covarde que existe em todo o mundo!’
Todos ficaram muito assustados com a proposta que Aninha acabara de fazer, eu também, confesso que fiquei muito espantada, mas mesmo assim com todo o susto e espanto alguns de nós concordaram com a idéia maluca de Aninha. Ela havia bolado o plano mais audacioso que eu já vi.
-‘ O plano é o seguinte’- disse ela- ‘eu vou entrar na floresta vestida com uma capa vermelha e com uma cesta cheia de coisas gostosas e vou fingir que estou indo para a casa de minha vovozinha, mas tem que ser uma comida que cheire muito e muito bem para atrair a atenção do Lobo. Quem vai arrumar toda esta comida será a Juju, porque a mãe dela é a salgadeira aqui da vila. A capa vermelha eu tenho lá em casa e a cesta de piquenique também. Paulinho, você vai logo atrás de mim e vestido de caçador. Se o Lobo aparecer você sai correndo atrás dele e aí nós dois o pegamos e lhe damos uma boa surra. Vamos mostrar para todo mundo que este Lobo não é de nada e ninguém mais terá medo de entrar na floresta. Agora vamos andar depressa que o dia passa muito rápido e nós temos que fazer tudo isto antes que os nossos pais cheguem.’
Todos os que tinham alguma tarefa correram e começaram a providenciar tudo como Aninha havia planejado. Em pouco tempo já estava tudo pronto. Agora só faltava Aninha...Todos estavam ansiosos quando de repente, lá vem Aninha com sua capa vermelha e uma cesta na mão; foi quando todos começaram a chamá-la de ‘Chapeuzinho Vermelho’ e não é que o apelido pegou mesmo!...
- ‘E então, vamos?’
E lá foram eles .Eu não queria perder um só passo que ‘Chapeuzinho Vermelho’ desse e por isto também fui, mas escondida. Vi tudo. Vi quando Aninha entrou pela floresta e também quando Paulinho entrou, bem atrás dela. Aninha entrou cantarolando e Paulinho caladinho, dava para ver que ele estava morrendo de medo, eu também estava mas a minha curiosidade falou mais alto e por isto não desisti. Aninha estava ainda a cantarolar quando de repente uma moita um pouco mais distante de nós começou a se mexer... Paulinho parou na mesma hora e Aninha também, os dois estavam com os olhos arregalados esperando para ver o que sairia daquela moita. Eu, que antes estava atrás de uma árvore e agora em cima da mesma, não tirei os olhos da moita .De repente, uma pata. Comecei a tremer tive vontade de descer e sair correndo mas não tinha nem forças de tanto medo. Olhei para ‘Chapeuzinho Vermelho’ e vi lágrimas, a cesta caiu no chão. O ‘caçador’ correu até lá, e não sei como conseguiu sendo ele menor que ela, carregou ‘Chapeuzinho Vermelho’ e subiu na primeira árvore que viu pela frente. Eu estava morrendo de medo, não conseguia fazer mais nada além de tremer. Ninguém conseguia se mover de tanto medo, de repente o Lobo que ‘Chapeuzinho Vermelho’ e o caçador iriam pegar saiu de trás da moita e que Lobo! Era realmente de dar medo, cada pata de um tamanho!... Sem perda de tempo ele começou a devorar toda a comida que ‘Chapeuzinho Vermelho’ iria levar para sua ‘Vovozinha’, quando a comida acabou o Lobo se deu por satisfeito e foi embora. Aninha e Paulinho esperaram muito tempo para descer da árvore, eu, já que estava em uma árvore mais distante, desci sem que eles notassem a minha presença e saí correndo. Nem olhei para trás de tanto medo.
Cheguei na vila e estava aquela confusão todos estavam preocupados com ‘Chapeuzinho Vermelho’ e com o Caçador . Passaram mais ou menos uns trinta minutos e lá estavam eles. Aninha estava em prantos e Paulinho em estado de choque, não tinha nem força para chorar. Eles contaram a história exatamente como ela aconteceu.
Ah!... Mas o pai de Paulinho era um homem muito orgulhoso e não queria que o seu filho, mesmo que pequeno, se passasse por covarde por ter fugido do Lobo. Ele era um caçador e sempre ensinou ao seu filho que: "homem tem que ser corajoso sempre". Quando os outros pais chegaram para saber o que havia acontecido, o pai de Paulinho já tinha a sua história na ponta da língua. Em sua história o seu filho se sai como um verdadeiro herói. Fiquei de boca aberta e pensei de onde saiu tanta imaginação...nossa, como tive vontade de contar a verdade, mas como se tratava da palavra do pai de Paulinho contra a minha, temendo que ninguém acreditasse em mim, preferi ficar de boca fechada e guardar segredo até hoje. Resolvi contar a verdadeira história agora porque não conseguia mais ver tantas crianças se iludindo com a ‘história de Chapeuzinho Vermelho.’
E esta é a ‘Verdadeira História de Chapeuzinho Vermelho’ acredite quem quiser mas eu não estou mentindo.

Dilvânia Luiza de Assis Santos
2º PERÍODO / PEDAGOGIA /PUC-MG
23/08/1999
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