O Vento sussurra-me o tarde que já se faz. Sopra-me ao sono da face e esfrego o olho.
Comprei um livro na virtualidade e sorri fácil...
Da lareira apagada e sem lenha por ser Verão, vem um murmurar de fazer vidro com um tubo imaginário, pois nunca vi ou senti o calor da bola incandescente - O vidro bonito e colorido das luzes que mantenho acesas enquanto navego e escrevo.
Ganho a forma do monge e coço o cabelo desgrenhado, afago a sola dos pés. Estalam-me os ossos num esperguiçar lento... uuaaahhh!
Nada do que digo ou escrevo é mais do que a própria sonolência dos lábios da noite quieta e só.
Apeteçe-me e acontece. Estar! Estar aqui é como estar ou não em qualquer outra parte quieta.
Cerro de quando em quando as pálpebras que já deveriam estar a acompanhar este corpo cansado no encostar suave do rosto nos lençóis.
O Dever não é coisa de apetecer!
Sopra o vento e borbulha ruidoso, de novo, no meu pensar, como uma palhinha soprada no leite da caneca de uma criança... Não me assustas como um lobo, vento; estou em casa!- Defesa.
O Som sugere; a Visão confirma e só mesmo as sombras me levam a tapar a cabeça para saber o que me espera... A Noite.
A sonolência e o cerrar dos olhos, O Sono, o Sonho e a ausência total de Som enquanto durmo alheio e já tranquilo.