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cronicas-->crime passional -- 01/08/2002 - 10:56 (laura vizentyn) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Enquanto paro por alguns minutos para descansar meu corpo,dolorido da cadeira fria,me invade o porque de se criar poesias,de se colocar em linhas,com palavras desordenadas e,muitas vezes,sem rimas e sentidos,sentimentos tão forte como o amor.
Quem ler irá saber se realmente amei?
Quem puder te-los vai saber o quanto sofri,por quantas noites caminhei nas minhas estradas interiores,sem estrêlas,sem luar,apenas o eco da minha dor a me acompanhar,meu gemidos a lamentar?
Quem tive-los poderá pensar que rapidamente foram feitos,não saberá o quanto de vida se perde para construir algumas linhas,o quanto doei de mim para poder compor simples rimas,nem saberá que um poema de amor é um crime passional...foi preciso morrer de amor muitas vezes para se compor um poema.
Não,ninguém irá saber,apenas o irão ler e dizer,absurdamentes alheios aos sentimentos,a dor,a angústia,a solidão contidas em suas linhas que ele é...bonito !
Preciso seria que se ensinasse o ser humano a ler poesias,mas ai seria matar o poeta,pois ao se ensinar,não se sabe que ao escrever o poeta tem sua alma desnudada,e que seu espírito permanece preso as palavras impressas nas folhas,é preciso haver a surpresa de um novo entendimento a cada vez que se lê o mesmo poema,é preciso que haja o encanto da palavra redescoberta,como se já houvesse lido cem vezes e,ainda assim,fosse como a primeira vez.
uem faz um poema age como se abrisse uma janela numa cela abafada,para que o ar passe através dela,e por isso escrevo,por isso dou muito de mim,para que aqueles que as lerem abram a janela do cárcere do coração,e sintam o amor que habita em poemas,que acompanhem seu ritmo,seu compasso.
Um poema tem que ser sorvido como água quando se está sedento,lentamente,para que se sinta o prazer de cada palavra...
Mas não se pode despertar o leitor,ou ele nunca saberá o que eu quis dizer nas entrelinhas,nas reticências,nas frases inacabadas,não poderá nunca saber que me assassino a cada poema,que minhas partes ficam espalhadas por todos eles,que meu sangue eu uso como tinta.
É preciso morrer de amor para amar novamente,e os cadaveres ficam presos a cada letra.
Volto a escrever...minha alma reclama da pausa forçada,pede caneta,pede papel,pede vida,pede palavras,pois sou assim,só consigo viver quando escrevo o que sinto,mesmo antevendo que poderei não ser compreendido,mas,qual poeta é realmente compreendido?
Somos loucos,visionários,apaixonados irreverentes,amantes extremados,mas misteriosamente originais...
É assim minha alma poeta,existe quando escreve,no mais,sobrevive,só se liberta quando grava nas folhas todo o calor de seu corpo,a ànsia dos desejos,o eu mais íntimo...
Aquele que a ler poderá balançar a cabeça e dizer,com um ar de conhecedor nato,que é apenas bonito,mas eu saberei que ali ,presa nas palavras,nas frases,está mais uma vida minha,assassinada por amor,e que mais uma vez renascerá,quando eu inicar outro poema,renascerei,como a lua que vem rasgar a negra noite,assim sou eu,poetisa,assim sou eu,alma de mulher que se perde em sentimentos,que se desnuda a cada frase composta...
Poetisa,mulher,crime passional...quem ousará te decifrar?

laura vizentyn
01/08/2002
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