Está diariamente na midia. De tanto que sua foto é estampada nos jornais, revistas, temos a impressão de sermos íntimos desta menina magrinha que hoje jaz em anônimo sitio, quem sabe onde?
Eliza, seus sonhos agora se tornam reais. As lentes, as câmeras a encontraram. Sonhos de muitas meninas que, como você, alimentam os valores desse “Big Brother”, onde a exposição, não importa o custo, vale mais que qualquer valor humano. Aparecer, não importa onde, como ou com quem.
Nossas Elizas, o que nos reserva ainda o tempo? Será a família que lhes falta ou, crueldade maior, a família se filiou aos refletores e na cumplicidade sórdida dos holofotes, alimenta-lhes os sonhos de cinderelas de vidro.”Oh tempora, oh mores”.....Faz surgir de novo a velha avó, as bonecas, o sonho de menina-menina. Preserva o homem, destrua as mídias.
Que Eliza repouse na paz que não conheceu. E que cunhemos o epitáfio em seu tumulo: - Jaz aqui aquela que sonhou ser estrela, mas a sombra célere da incúria nossa a cobriu.
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