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| Artigos-->Farsa -- 07/02/2002 - 07:43 (Suely Divina Santos) |
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Tive que falar das flores quando os espinhos feriam minha carne e abriam-me chagas profundas.
Tive que falar do perfume delas, quando era apenas para amenizar o odor da morte que pairava no ar.
Tive que tentar enxergar suas cores, quando meus olhos se direcionavam apenas para os corpos putrificados que tentaram encobrir com flores.
Tive que falar de amores, quando o ódio inundava os corações.
Falei de paz quando a violência se externava pelo ranger dos dentes cerrados em discórdia que compelia os homens a brutalidade e barbárie
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