Usina de Letras
Usina de Letras
144 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62219 )

Cartas ( 21334)

Contos (13262)

Cordel (10450)

Cronicas (22535)

Discursos (3238)

Ensaios - (10362)

Erótico (13569)

Frases (50612)

Humor (20031)

Infantil (5431)

Infanto Juvenil (4767)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140800)

Redação (3305)

Roteiro de Filme ou Novela (1064)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1960)

Textos Religiosos/Sermões (6189)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Artigos-->O TROCO -- 17/11/2010 - 21:29 (Eloi Firmino de Melo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


O TROCO



Razão demais para

Avançar o passo

Nessa guerra de hormônios

Nas entranhas;

Embora o olho austero,

Esperto, atento,

Seja uma ameaça que

Não tem tamanho.



Porém, o passo dado

Às escondidas

É o trapezista

Quando pisa em falso.

Na cova da ousadia

O grão lançado

Prenunciava ser

De boa lavra.



Mas a alma gêmea,

Aquele amor da vida,

O olho aberto

Para as conseqüências,

No vau escuro de

Uma madrugada,

Pegou carona

No tropel dos ventos.



Daí pra frente

Só constrangimentos

E as lágrimas vertidas

Nos lençóis.

A repressão endurecida,

Tensa,

Com acrimônia

Lhe negava a voz.



Chegada a hora

Natural das dores

Que a natureza

Impõe às suas Evas,

O fruto foi doado

Às escondidas

E a mãe forçada

A abandonar a gleba.



Depõe a dor, a ira,

O fardo, a mágoa,

Na Rua Imperatriz

Da Mauricéia.

Depois fez instalar

Sua oficina

Numa pensão

À Rua do Rangel.



A cama por ser farta

E muito ardente,

Seus dotes sedutores

Ganham fama.

Bastante mel na

Taça de Cupido

Com a abelha-mestra

Dirigindo o enxame.



Por oportuno o tempo

Opera o tempo

E põe a mente ativa

Em lugar próprio.

Os rancores, as mágoas

E as tristezas

Na tumba fria

Só restavam os ossos.



Porém, por desaforo

Volta à gleba,

Mostrar sucesso

Ou provocar cobiça,

Com o veneno

Do corpo perfumado

Sob as rendas

Francesas dos vestidos.



Em mãos pacotes caros

Com presentes

Aos entes seus,

Vizinhos e amigos;

Relevando os

Deslizes e atropelos,

Nascendo beijos,

Abraços e elogios.



Sem comentário sobre

Os seus negócios;

Queria mesmo era

O perdão dos pais.

O fruto estava longe

Em mãos seguras,

Motivo de deixar-lhe

O peito em paz.



Volta ao palco da vida,

A peça espera

Que o ator possa

Interpretar a cena.

Só que um projeto

Oculto prosperava,

Aguardando o desfecho

Conveniente.



Navegar é preciso

Diz o lema.

Viver é perigoso,

É arriscado.

Informações chegadas

Davam conta

Do vôo de um pássaro

De quebradas asas.



Pousou no leito

Onde apontou desculpas

E o coração partido

De remorsos.

Tinha planos

Tecidos de futuro

Com promessas de amor

E vida nova.



Porém a ferramenta

De barbeiro,

Do tipo bom de corte

E resistente,

Nas caladas da

Noite faz um rio

De cortadas artérias

Por vertentes.



A surpresa

Se fez mercadoria

De bom trânsito

Nas páginas dos jornais.

Mas as algemas

Por dever de ofício

Enlaçaram seus punhos

Delicados.

Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui