Amor...
Hoje tua ausência me invade
como ainda não havia acontecido.
Dói e de uma forma não doce e nem sensata.
Gostaria de te falar,
sem me importar com o tempo
e nem com a simetria das palavras,
por exemplo: - que falta me fazes
e por quanto tempo eu te quero e não consigo;
quantas vezes gostaria de colocar
minha cabeça em seu colo
e chorar por uma porção de coisas
que se passa dentro de mim,
sem que me perguntes o porquê;
porque minha ansiedade
tem de me matar primeiro,
pra depois me trazer à realidade;
porque controlo tanto minhas emoções,
com receio de ultrapassar os limites
e que limites são estes,
que despencam como regras
dentro do meu coração,
se a única certeza que tenho,
é minha mão em tua mão.
Estou tão cheia de perguntas
sem respostas e pelo menos agora,
não tenho nada que me responda
no vazio desta noite.
Porque essa distancia ficou maior,
assim de repente
e é isso que sinto agora...
distante e sem nenhuma palavra.
Ao mesmo tempo, uma ternura me invade,
suave como tua alma,
com pesos e medidas iguais,
intenso e forte
como a intenção do nosso amor
e eu adormeço.
Inacabado
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