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Artigos-->Escola viva -- 24/11/2010 - 15:37 (WALTER MEDEIROS) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
ESCOLA VIVA

--- Walter Medeiros

Uma curiosidade que eu tinha havia muitos anos findou sendo esclarecida nesta semana, através da entrevista do meu amigo radialista Adamires Futado ao programa Memória Viva, da TV Universitária. Contando passagens da sua infância, Adamires referiu-se ao grupo escolar onde estudou, o Áurea Barros. Aquela declaração reacendeu minha vontade de saber onde exatamente situava-se aquela escola, pois também estudei lá, nos idos de 1963/64. Naquele tempo, Natal tinha até escola rural, pois estudei também na Escola Rural Professor Manoel Dantas, na Avenida Prudente de Morais, entre o Senai e a Escola Sebastião Fernandes.

Mas Adamires falou sobre alagamentos imensos da área no Tirol, fazendo-me lembrar os períodos chuvosos nos quais cheguei até a me perder em Natal - recém-chegado de Alagoas, onde morei sete anos - confundindo o Quartel da Polícia com o Palácio do Governo, seguindo, portanto, para rumo diferente da minha casa, à época na rua Alberto Maranhão. Nosso amigo disse, então, que o grupo Áurea Barros funcionava onde hoje é a Casa do Professor. Foi o suficiente para eu dar uma passada naquele local e contemplar a esquina, hoje tão diferente daquele prédio bucólico da minha infância.

Mas a semana reservava-me outra surpresa boa. Fui convidado para falar a um grupo de pessoas na Escola Municipal Professor Celestino Pimentel, na Cidade da Esperança – Avenida Pernambuco. Lá vamos nós, pelo caminho, resgatando lembranças de quando Aluízio Alves inaugurou aquele conjunto habitacional feito pela FUNDHAP (Fundação de Habitação Popular). Tinha uma prima que morava na avenida Paraíba e íamos visitá-la. Uma dificuldade: o ônibus passava longe da sua rua, alguns taxis não aceitavam corrida para lá, pois os carros atolavam nas ruas de areia de duna. Da mesma forma que anos depois costumava estudar na casa do amigo Luiz Laércio Rocha da Silva, que virou especialista da aeronáutica, coisa que não pude ser porque minha altura ficava um centímetro aquém do exigido.

Chegando à escola, uma boa surpresa. O ambiente apresenta uma vitalidade imensa. As instalações dignas de não deixar a desejar perante outras escolas de qualidade. A diretora, Josyáurea Fernando Atanázio nos recebeu e a professora Eunice Bracho, da Equipe Pedagógica logo nos convidou a conhecer a escola, na qual era realizada uma feira de ciências. Quinze salas de aula, com visíveis contribuições de vários prefeitos, sucessivamente, inclusive a atual. Laboratório de informática de ótimo padrão, auditório, biblioteca, estúdio de uma rádio comunitária, cozinha, corredores, pátio, equipamentos esportivos, tudo organizado, limpo e bem cuidado. A surpresa se dá, pois o que se diz da escola pública é outra coisa. Mas eu já tinha passado por agradável surpresa parecida, em outro ano, quando a professora Nadja Lira me convidou para falar sobre “Saudade” (http://www.rnsites.com.br/humaniza_29.htm) na escola municipal Santa Catarina, na Zona Norte.

Como escola não se faz somente com paredes, corredores e salas, ouvimos os relatos sobre o seu funcionamento. Os alunos, que têm suas atividades didáticas, podem usufruir de outras atividades esportivas, artísticas e culturais. Naquela ocasião foi feita apresentação da banda da escola, na qual os alunos aprendem a tocar vários instrumentos. Abrilhantaram a ocasião tocando o Hino Nacional Brasileiro – era 19.11, Dia da Bandeira; uma música de Lady Gaga, que mostra a sua atualização; e uma música nordestina. Naquele mesmo espaço a comunidade ensaia uma quadrilha junina.

Diante de tanta atividade, o pensamento volta-se logo para o descaso para com a organização. Mais um engano. Diante da dificuldade de transmitir individualmente as normas de disciplina da escola, foi confeccionado um imenso painel com direitos e deveres dos que fazem aquele estabelecimento de ensino, além do que são realizados pequenos mutirões de arrumação. Resultado: não se vê lixo no chão, chiclete nos cantos, nem riscos nas paredes. A conscientização deu certo e todos se sentem responsáveis pela conservação. Claro que em meio a tudo isso sabemos que existem muitos problemas, entre eles aqueles alunos que insistem em dar trabalho, mas que são tratados com firmeza e respeito pedagógico. Como um que queria continuar sentado enquanto era executado o Hino Nacional. Um olhar explicativo e um gesto discreto da vice-diretora a dez metros de distância foi suficiente para fazê-lo erguer-se e permanecer perfilado com os demais colegas. Viva a Escola!
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