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Artigos-->O CANTO DA "ONÇA VELHA". -- 27/11/2010 - 15:48 (Ana Zélia da Silva) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Número do Registro de Direito Autoral:131420479371718300
O CANTO DA “ONÇA VELHA”.

Ana Zélia





Seu couro esticado serve de troféu aos maus,

porque couro não procria, nem eleva quem o tirou,

é uma espécie a menos...

CANTO A TI "ONÇA VELHA" PELA ASTÚCIA,

CORAGEM E FORÇA PRA VIVER... (Ana Zélia)



Pela primeira vez alguém acertou o alvo, a “Onça Velha” está ferida, sangra, mas sempre pronta pra batalha...



Canto a ti “onça velha” pelos anos vividos, pela sobrevivência de guerra, pelas sacas de carvão que carregaste nas costas curvadas, pelas panelas de açaí da velha mãe que desde cedo ensinou todos os filhos a sobreviver.



Canto a ti “Onça Velha” pelas árvores tombadas no meio da floresta, pelos tiros levados, mortais, mesmo assim escapavas e continuavas a caminhada.



Canto a ti que desde cedo aprendeste a alimentar os filhotes, a protegê-los dos caçadores cruéis.

Canto a ti pelas caçadas em busca do alimento, encobertas nas folhagens das árvores copadas, amoitavas dias e dias até a embiara cair, teu salto certeiro não deixava fuga, tinha que morrer.



Canto a ti “Onça Velha” por tentar sobreviver entre arranha-céus, selvas de pedras, floresta negra pelo monóxido dos carros que crescem como os formigueiros nas matas.



Quantas quedas, tropeços nas tentativas de subidas, quantas marcas deixadas pelos punhais cravados em palavras malditas.

Oca, carcomida, carniça sentida à distância pelas aves de rapina.



Como os fortes não te deixas matar, vigias sempre, os inimigos não dormem e um cochilo pode ser o último piscar.



Engraçado como é a vida, sempre me titulei Índia Pura de uma raça dura, filha de Ajuricaba, nosso herói que preferiu atirar-se às águas do Rio Negro que ele tanto amara a ser escravo dos invasores.



Nascida e criada na cidade cravada em meio à selva passei a uma amiga a Imagem do Animal que pode ser o nosso símbolo, a Onça, este felino que parece um gato, mas seu tamanho descomunal, sua forma de vida os difere.



A Onça pisa matreira, cada passo milimetrado, sente o perigo pelo faro, é como os escoteiros “Sempre Alerta! análise perfeita de uma personalidade marcante, não seria o medo que me faria parar, sentar às margens do caminho e ver a banda passar, não seria o barulho dos mateiros destruindo a floresta que me faria correr, cavar buracos na terra...



Enfrentar os obstáculos é o lema da sobrevivência animal, nisto sou PhD, vi onças atravessando estradas, atirei no ar para assustá-la, é espécie em extinção, mas valente até a morte.



Seu couro esticado serve de troféu aos maus, porque couro não procria, nem eleva quem o tirou, é uma espécie a menos...

Canto a ti “Onça velha” pela astúcia, coragem e força pra viver...



Manaus, 27 de novembro de 2010. Ana Zélia

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