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Poesias-->Cenário e figurante -- 24/12/2002 - 09:59 (IZABEL ROSA CORREA) |
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Negro o céu.
O espaço branco completa
o desenho em alto relevo.
Pássaros na fuga do vento
rodopio e dança
marcha de luz e
sombra.
A espuma, o estrondo
obstinação e revolta
no espasmo do muro líquido
na luta contra a rocha.
Finda a batalha
entre o cinza e o negro,
em cena a disputa
entre o rubro e o violáceo.
Púrpura é o efeito
da partícula volátil
e o reflexo solúvel
no movimento da vaga.
Pasmo diante da pompa
- mágica.
Apenas humana
- opaca e obscura -
sou figurante extática.
Não há palavras,
apenas olhos
no alto do penhasco.
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