ERA UMA VEZ...
Uma menina, bem moreninha, quantos anos tinha?
5 anos.
Comia sua merenda, e seus olhos, pareciam duas amêndoas: brilhavam mais que os seus dentes.
(todo mundo imitando a menina, sorrindo e tentando fazer os olhos sorrirem).
Olhava tudo e a tudo observava, com olhos de gavião, penetrantes e precisos.
(fazer olhar a um ponto ou objeto qualquer, com os olhos bem fixos)
Mas sabem o que ela fixava nos outros e em cada um? Alguém sabe?
(Sugerir às crianças que digam “em que” as menina fixava os olhos).
Ela fixava os olhos, em cada criança, pensando no que ia aprontar de perverso para cada uma.
(Perguntar o que é perverso).
Então fazia coisas tão ruins com a criançada que logo ganhou um apelido.
(Quem adivinha o apelido da menina?).
Bruxa Perversa. Era esse o seu apelido.
(Sugerir risada histérica de bruxa).
E foi fazendo mil estrepulias que a Bruxa Perversa foi crescendo, crescendo, crescendo.
(Fazer as crianças se levantarem devagar, como se estivessem crescendo).
E, já crescida, a Bruxa, que não era bruxa, que era uma moça que era bruxa perversa.
Sabem o que aconteceu?
(Vocês não iriam adivinhar mesmo. Nem eu sabia).
Ela se uniu a um homem que tinha um apelido, seu CARMA.
E por que desse apelido? Vocês logo saberão,
Mas como toda pessoa boa pode encontrar alguém melhor, alguém que é mau pode encontrar alguém tão mau ou perverso.
E a moça, que era moça, já não era menina, que era bruxa, Bruxa Perversa, iniciou uma outra fase de sua vida.
Que fase?
O senhor CARMA, chamado assim, porque depois de fazer maldades com todos e, principalmente, com a Bruxinha Perversa, sabe o que ele dizia pra todos e pra bruxa?
- CARMA, CARMA...CARMA que estou tranqüilo. E dava gargalhada de prazer maldoso.
E o que é prazer?
(aguardar as crianças responderem)
E, assim, a bruxa que fazia maldades foi ficando cada dia mais triste, triste, porque o senhor CARMA ia ficando cada dia mais feroz, feroz.
(imitar ferocidade: a critério do orientador)
E de triste...
Alguém de vocês já ficou triste? Pedir às crianças que façam cara triste e contem uma história triste.
Foi ficando mais que triste, muito triste, muito mesmo, doente foi ficando.
Ficou de cama e não levantava pra nada, nadinha mesmo. Fica “amofinada”, amorfunhada, desencantada, na cama.
O senhor CARMA, foi embora, e deixou a Bruxa Perversa, sozinha em seu leito. Ela não tinha mais ninguém: nem família, nem amigo, ninguém.....ninguém, ninguénzinho, ninguenzinha, só, sozinha a nossa bruxa tão perversa.
UM BELO DIA...
...nossa bruxa já muito doente, doente mesmo, assim, bem ruinzinha, delirando...
viu um anjo.
Com olhar de espanto, nossa bruxa perguntou:
- O que você quer, seu anjo boboca?
- Pense em todas as maldades, bruxa, todas que você fez – respondeu o anjo.
- Eu fiz mesmo - retrucou a bruxinha - e te conto uma por uma, seu anjo.
E assim procedendo, foi contando todas as perversidades que fez, tudo, tudo.
Terminadas as histórias de arrepiar qualquer cabelo, o anjo lhe disse:
- Bruxinha, você quer continuar a fazer perversidades?
- Quero, seu anjo, quero – respondeu prontamente a bruxinha.
Mas, espera. Que anjo é você que ao invés de fazer o bem me pede para continuar no mal, será você o anjo do mau?
-
- Quer ou não, continuar com suas malvadezas? – insistiu o anjo.
- Quero, anjo chato, mas me diz como, se estou doente?- retrucou irritada a bruxa.
- Lembre-se, Bruxa Perversa, você é Bruxa e pode, com seu poder, fazer o mal. Isso é muito fácil. O senhor CARMA te mostrou... – dizia o anjo.
- Aos diabos com ele, me maltratou e me deixou sozinha – disse a bruxa.
- Você praticará o mal, bruxa. Vamos, me responda logo, qual o maior castigo que uma Bruxa Perversa, como você, pode ter? - continuou o anjo.
- Não, não quero responder... – continuou nossa bruxa.
- Então não responda. Mas terá seu castigo – disse severamente o anjo.
- Prefiro morrer a ser castigada.
- Pois então que morra bruxa, será seu castigo menor, pois assim suas crueldades terminarão – finalizou o anjo.
E o anjo passou uma das asas sobre a cabeça da Bruxa Perversa, sumindo por encantamento.
A moça morreu, mas o anjo, poderoso que era, só matou o que havia de crueldade e a fez nascer como uma verdadeira bruxa.
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A Bruxa, como por magia “bruxesca”, levantou-se muito, mais muito disposta, com muito vigor. Apanhou sua vassoura e voou até aterrisar,num lugar com muitas montanhas, um mar limpo e cristalino, céu azul e limpo,
um paraíso.
A bruxa pensou: “que lugar maravilhoso pra se fazer perversidades”.
Fazer maldades era seu objetivo. Tentou fazer a primeira. O anjo surgiu e lhe disse:
- Seu castigo: você deseja fazer o mal, mas, tudo se transforma em bem.
E a pessoa, a quem a Bruxa pretendia fazer o mal recebia o bem.
A Bruxa teve a primeira sensação de bem estar, algo jamais experimentado. Ela foi cada vez mais tentando praticar o mal, mas a cada tentativa um novo castigo do anjo.
Pregaram uma peça na nossa Bruxa, ela agora havia se tornado a Bruxa-Fada. Queria fazer maldades, mas o anjo a tornou uma Fada, só praticava o bem.
Tornou-se uma Fada-Bruxa-Bruxa-Fada.
Até o nosso cruel Sr. Carma foi ficando menos cruel, menos ruim. O Poder da Bruxa-Fada-Fada-Bruxa, se
disseminou pelo Universo. Ela ficou muito poderosa. Afinal, ela tinha poderes de bruxa e de fada.
E insistindo como bruxa rogou a maior praga sobre si mesma, gritou:
- QUERO QUE CAIA SOBRE MIM O MAIOR MAL. QUERO SER A BRUXA MAIS MALDOSA DE TODOS OS TEMPOS, QUERO TODO O DESAMOR DO UNIVERSO.
(Deixar as crianças à vontade para dizerem o que aconteceu com a bruxa).
E então nossa Bruxa-Fada, no auge de sua alegria, feliz com o amor, cantava:
(Um rap é sugerido para a letra a seguir).
Eu era uma moça danada
Sapeca, malvada, de arrepiar.
E sou uma fada, bonita
há quem não acredita
mas vão acreditar.
O amor, que coisa gostosa
É como um bolo, de se admirar.
Quando corto um pedaço
Eu ponho na boca
Me ponho a delirar.
São sonhos na minha cabeça
Tristezas “facinhas”,
de se retirar.
Alegrias são iguais
sementes a germinar.
Tristeza, alegria
caminho,
espio
uma trilha serena a me encantar.
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Você ama? Então, brinque com estes versos.Cante e dance com eles. Remexa, remelexe, mexe, escabeche, chiclete, diabetes.
Amor, amor, amor
ÔÔ
Amor, amor, amor
ÔÔ.
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