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Artigos-->Verde Espera Vermelho -- 20/12/2010 - 23:25 (Arlindo de Melo Freire) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Verde Espera Vermelho

Arlindo Freire*



No momento histórico em que vivemos – os fatores para que a vida seja feita com justiça, amor e paz constituem motivos de vergonha e decepção para o ser humano que pretende ser alguma coisa na perspectiva da dignidade para a realização humana.

Esta situação, não ocorre somente no Brasil, mas em todos os países pobres e ricos que vivem sob a INFLUÊNCIA dos mais poderosos controlados pela minoria da burguesia que decide pela constituição dos governos, políticos e suas instituições, sem considerar os direitos da maioria.

No plano brasileiro assistimos ao massacre que vem sendo feito sobre os povos indígenas, desde 1500 – pelos colonizadores, de modo permanente, até o presente, negando “pão e água” a quem segurou, defendeu a terra, mais todo o espaço indispensáveis à sobrevivência.

A tirania aos indígenas, ainda existe, infelizmente, em diversos meios sócio-culturais de forma aberta, espontânea e relativa para efeito de explicação acerca dos propósitos econômicos com fins de elevados lucros para quem explora o solo e ocupa o grande espaço físico com esse objetivo.

O pior do que isso – é saber, sem dúvidas, de um professor que, apesar de estudioso, pesquisador e responsável prefere dizer e confirmar que os indígenas sempre fizeram e fazem resistência aos exploradores das terras, matas, rios e demais recursos naturais que se tornam indispensáveis aos meios da produção.

O território indígena tem sido, ao longo do tempo, o único meio para a sua sobrevivência na dependência dos recursos naturais – terra, lugar para morar e produzir, assim como os rios, lagoas, riachos onde existe a água indispensável para alimentação e banho, aplicação nas plantas e atendimento dos animais, bem como de toda a vegetação e do clima.

Os civilizados reconhecem todos esses valores, mas, no fundo demonstram que somente eles têm os direitos à exploração da natureza – ou seja, condenam os índios quando fazem resistência à tomada, invasão e ocupação do espaço que lhes pertence de modo natural, autóctone e verdadeiro.

Faz mais de 500 anos que esta questão vem sendo considerada no Brasil e América Latina de maneira alienada e desprotegida de solução para resolver o problema no plano definitivo

e racional, fazendo com que os homens e mulheres que se dizem conscientes e responsáveis

sejam incapazes de encontrar o ponto final para a incerteza.

Na situação em que vivem – os indígenas jamais terão as condições, a curtos e médios prazos, para atender às suas necessidades de evolução e conhecimento partindo do aproveitamento da tecnologia nos moldes atuais e até mesmo dos séculos anteriores em que foi iniciada atividade agrícola.

Esta concepção histórica e cultural vem sendo uma realidade para o homem civilizado em toda a dimensão, assim como a sua acomodação acerca da solidariedade social e política sobre as minorias, especialmente dos índios que conservaram e plantaram as sementes nascidas nas matas.

O comodismo brasileiro de vinte gerações tem sido a causa fundamental para a tirania que vem sendo mantidos com a extinção dos povos tribais, apesar das reclamações, protestos, denúncias e revoltos feitos no decorrer do tempo em defesa das crianças, mulheres e homens da idade pioneira.

São poucos os homens e mulheres que sentem correr no coração, nas veias, nos ossos e todo o corpo, o sangue vermelho dos indígenas que continuam sendo sacrificados – para que tenhamos vida no mesmo ambiente em que eles fizeram as bases para a existência de outras gerações vivas e mortas.

No desenho dessa tela maldita em que as matas escondem a pessoa humana – seja na Amazônia ou no que restou do Nordeste semi-árido, ainda reside a esperança de que “todos os brasileiros serão iguais perante a lei”, isto é, que o indígena venha ter, apesar do genocídio, a oportunidade de viver e crescer, de forma igual ou relativa ao que estabelece a

Carta dos Direitos Humanos.

Para que assim seja – qualquer pessoa de bom-senso espera na administração de cada governo que os direitos indígenas sejam respeitados ou executados, através dos órgãos e seus dirigentes, desde a Presidência da República, os governos Estaduais e Municipais, além do Congresso Nacional.

A vontade política, em qualquer oportunidade, independe apenas dos representantes políticos, mas, fundamentalmente da sociedade que pode e deve fazer com que os seus eleitos pelo voto democrático – sejam capazes de atender às necessidades da coletividade, desde as suas minorias de humildes, pobres e demais grupos que vivem em condições desumanas.

No longo caminho da miséria brasileira – agora temos a presença da presidente Dilma Roussef, de olhos abertos para a história, em busca dos direitos fundamentais para o ser humano que nasceu e continua vivendo no abandono, na marginalidade, ignorância, alienação e demais fatores que impedem a passagem para a existência digna.

Sem haver qualquer distinção – os índios denominados pelo preconceito analfabético dos portugueses, no início da colonização, também constituem o que chamamos de sociedade brasileira, razão pela qual, mesmo vivendo nas matas, o governo consciente – jamais permitirá que sejam esquecidos, abandonados ou menosprezados nos programas governamentais.

Se a presidente Dilma aceitar e assumir esta idéia – a grande transformação será realizada no sentido de que os povos indígenas sejam incluídos, segundo as suas características especiais, no processo de Combate à Miséria que ela pretende implantar, considerando o órgão que atua nessa área, bem como o fato social de que a maioria da população tem suas raízes genéticas no meio tribal.

Os efeitos de tal providência – certamente serão reconhecidos pelo mundo inteiro, em proporção maior do que já aconteceu, durante os últimos anos, simplesmente porque cerca de 30 mil pessoas foram atendidas pelo governo Lula, através do Bolsa Família que ainda não preencheu o espaço ocupado pela miséria.

A possibilidade do sucesso mundial para o Combate à Miséria do governo Dilma – vai depender, necessariamente do equilíbrio e da forma de execução do programa de ações anti-paliativas dispensáveis à mudança e transformação da vida humana no trabalho e na produção.

Porque a Esperança ainda existe – acreditamos que esse objetivo venha ser examinado pelo governo Dilma – para que desse modo a figura do Brasil no exterior – deixe de ter Ficha Suja, sobretudo no tocante aos indígenas admirados e respeitados hoje em dia, contrariando os absurdos feitos pelos europeus.*Jornalista e Sociólogo – UFRN.







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