São Paulo, 12 de março de 2002.
“Eu, hoje, acordei mais cedo
e, azul, tive uma idéia clara.
Só existe um segredo.
Tudo está na cara“.
Leminski
Oi amor,
Saudades... (sempre!)
Terça-feira, São Paulo amanheceu quente e, como sempre, agitada... Perturbada; cinza e cimento! Fria em essência.
Mas só agora – em verdade, sempre soube – percebo que, na agitação acinzentada dessa cidade incolor, tudo está claro; na cara.
Meu coração, que cada vez mais se deixa corar, não consegue se embrutecer mais: teu amor o aquece; tua voz doce o abranda; teu carinho o desarma; tua lembrança penetra-lhe com mais cor, mais amor.
Estou aqui há três dias e sinto como se estivesse há três décadas. Mas, ao mesmo tempo, te tenho tão vivo e forte dentro de mim, te sinto tão próximo, que tenho a sensação/certeza de jamais tê-lo deixado.
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