Manezinho e Almir Alves,
Caros amigos que tenho,
Por meio desta missiva
Falar com vocês eu venho,
O assunto é um tanto sério
E a solução do mistério
Requer bastante empenho.
O quadro que aqui desenho
É pra melhor compreensão
Porque entrei numa fria
E não quero confusão,
Mas o caso da calcinha,
Se é ou não da velhinha
Merece uma avaliação.
Deve ter explicação
Por parte de um perito
Que o Almir já contratou
E de cujo veredito
Depende a veracidade,
De modo que a verdade
Acabará com o mito.
Eu achei mesmo esquisito
O papo daquela anciã,
Só não sei se o que ela disse
Foi tudo conversa vã,
Relutante não me alinho
À tese do Manezinho
Que diz ser ela tantã.
Pode ser que amanhã
Seja isso comprovado,
Então mudarei de idéia
Para ficar doutro lado,
Torço até pra ser verdade
E que seja uma beldade
A dona daquele achado.
Se o doutor contratado
Para o caso elucidar
For perito no assunto
E com seu saber sem par
Laudo preciso emitir,
A providência do Almir
Eu vou parabenizar.
Se assim se comprovar
Que a dona da calcinha
É de fato a ninfeta,
Neta daquela velhinha,
Ao Manezinho eu digo:
Mesmo correndo perigo
Eu fujo com Marcelinha.