Eterna doçura a saudade
Lisboa transpira e respira
nas águas pródigas do Tejo.
O desejo na saudade, esconde o céu
por entre cortinas doces de silêncio.
Lisboa existe e inesperada
nasce nos búzios da inocência
num perfeito e perpétuo movimento
vulnerável, sonhadora, mas felina
repousa a baioneta do tempo.
Eterna doçura a saudade
porém, ao fundo do Tejo
já não dançam as gaivotas.
Sento-me à sombra da saudade
e interrogo-me:
E agora José?
in,POIESIS(Antologia de Poesia e Prosa
Poética Portuguesa Contempo
rânea),Editorial Minerva 1999 |