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Artigos-->A marcha de 1 milhão para derrubar o faraó Mubarak -- 01/02/2011 - 16:41 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Portal Terra



Egípcios se unem em manifestação massiva para pedir saída de Mubarak



01 de fevereiro de 2011 • 14h57



Notícia



Talvez a meta de um milhão de pessoas proposta pelos organizadores não tenha sido alcançada, mas o protesto que ocorreu nesta terça-feira no centro do Cairo contra o regime de Hosni Mubarak foi grande, diverso e, sobretudo, unânime.

"Saia! Saia!", gritavam continuamente mais de 100 mil pessoas reunidas na praça Tahrir, segundo fontes dos serviços de segurança, ou cerca de 2 milhões, segundo os organizadores, cálculo muito superior do que foi observado pela Agência Efe.



A manifestação, apelidada de "marcha de um milhão", representa um momento crucial na queda-de-braço entre Mubarak e os egípcios que se opõem a seu regime, que se prolonga há 30 anos e que, segundo os analistas, pode estar vivendo suas últimas horas.



"Todas essas pessoas aqui só querem que o presidente Mubarak saia", declarou Nabil Mahmoud Mohammed, de 48 anos, que chegou à praça às 6h do horário local, (2h em Brasília), seis horas antes do que era previsto para o início da marcha, ao meio-dia.



Os organizadores pretendiam que o protesto desta terça-feira se transformasse em uma festa, com música e espetáculos. Mas só se ouviram alguns tambores, tocados para dar ritmo aos lemas que eram repetidos a todo momento.



"Fora!", "Basta!", "Saia daqui!", eram as palavras de ordem mais utilizadas em um protesto com múltiplas vozes, sem uma única tribuna e com gritos que eram ouvidos por todos os lados.



Na medida em que se percorria a praça, eram escutados os lemas que alguém cantava através de um megafone. Em outros lugares, era simplesmente um manifestante que havia subido em um poste de luz.



De vez em quando, o grito de "Fora!" se dirigia ao céu, principalmente quando o helicóptero de vigilância que sobrevoava permanentemente a praça se aproximava ainda mais.



O clamor só era interrompido em alguns setores quando chegava a hora das orações.



Disciplinadamente, filas de homens e algumas mulheres se viravam para Meca para cumprir o rito, ajoelhando-se sobre jornais ou sobre os cartazes que haviam trazido, rodeados por manifestantes. Quando terminavam, voltavam a gritar.



"Esperamos que se o presidente não escutar o que todo mundo diz, que pelo menos os militares escutem e o tirem do poder", disse à Efe o jovem Walid Audi.



"É uma manifestação pacífica e todo o povo egípcio só pede uma coisa, que o presidente saia", insistiu.



O protesto só era organizado na entrada. Havia três controles sucessivos, dois deles compartilhados por participantes do protesto e militares, situados uns ao lado dos outros, que checavam a identidade e revistavam o corpo das pessoas em busca de armas.



O acesso pelo qual a Efe entrou, que partia de uma ponte situada sobre o Nilo, era vigiado por tanques cujos canhões não apontavam para ao centro da manifestação, mas na direção contrária.



Quando os cordões iniciais foram ultrapassados, a praça havia se transformado em uma feira política, com alguns poucos cartazes grandes e uma maioria de cartolinas individuais ou papelões improvisados que os manifestantes exibiam, em árabe e algumas vezes em inglês, deixando claro a razão pela qual estavam ali.



"O povo reivindica a queda do regime", dizia o cartaz maior, em inglês, pendurado em dois postes de luz em plena praça. Também era possível observar um manifestante que exibia uma cartolina com o perfil de um burro cuja cabeça trazia uma foto de Mubarak.



A manifestação contou com a participação de jovens e velhos. Dentro da praça havia padres e professores da Universidade islâmica de Al-Azhar, a mais importante do mundo sunita.



Quando chegou a hora do toque de recolher, às 15h do horário local (11h de Brasília), a manifestação, em vez de começar a ter o número de pessoas reduzido, foi aumentando ainda mais com a chegada de egípcios que queriam compartilhar da experiência.



Tudo aconteceu dentro de um grande espírito de solidariedade. Alguns voluntários se dedicavam a recolher lixo e, como recompensa, recebiam de vez em quando um abraço de agradecimento. As pessoas também repartiam água, bolachas e tâmaras.



A multidão continuava na praça Tahrir enquanto caía a noite, com poucas intenções de deixar o lugar, cuja conquista demandou muitos dias de protestos e causou a morte de dezenas de pessoas em diferentes enfrentamentos anteriores com a Polícia.



"Se Mubarak não sair, nós também não iremos embora daqui", prometeu Hosan Ahmed, um dos manifestantes.



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