Formidável ser,
Miraculosamente bordado em meu ser,
Que é que pensas?
Teus mistérios para mim são dores
Em que mergulho quando te sonho.
Quero-te aqui,
Por mágica ou por milagre,
A enfeitar os meus dias,
Longos dias de ardor,
De sede violenta.
Nesse brinquedo de me deixar levar
O fim é sempre o chão,
Banhado de lágrimas.
Não sei o que vai ser.
Brisa vai, vai o querer.
Quando vem, vem lástima.
Mas a esperança tilinta,
Lá no fundo, no vazio
E ganha raiz,
Até me abraçar o corpo todo.
Olho para mim
E apago o desistir
Que aqui existia.
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