----- Quanto ao sujeito, Ã parte a realidade epidérmica que naturalmente experimentei, vi alguns filmes, cujos argumentos, de princípio ao fim, não valiam sequer um segundo de atenção.
----- No entanto, só porque os actores pontualmente utilizavam palavrões que toda a gente ao vivo condena - diz-se que se trata dum problema de boa ou má educação - os filmes, pela audiência provocada, eram sim uns filmões, ou mais exactamente, uns filões de explosivo sucesso.
----- Entre nós, atónitos lusófonos, o que refiro acontece a todo o redor da cabeça.
----- O cidadão francês, por exemplo, diz e aplica "merde" a tudo, tal como fosse bombom imprescindível na actividade vocabular. Desde a tomada da Bastilha que a divisa "Liberdade, igualdade e fraternidade" iniciou o fabuloso boca a boca francófono.
----- Não me consta que os brasileiros apregoem ao mundo que os franceses são asininos. Não... Por aí só os portugueses passam.
----- Palpita-me que a lusofonia - creio sériamente nisso - para melhorar o espírito intelectual, precisaria de libertar decidida e efectivamente a palavrinha "merda", bem como outras quejandas em prisão de língua...
----- M E R D A !!!
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