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Poesias-->Tempo -- 02/01/2003 - 16:39 (Morgana) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Um tempo tão sem tempo

Tão sangrento

Tão etéreo

Num monastério

Num dilema

Meias verdades

Inteiras mentiras

Saber do não saber

De um tempo sem querer

Que me envaza como um líquido podre

Numa garrafa abandonada que é a vida

Num tempo que não passa

Porém me ultrapassa

Arrasa meu saber

Desmorona meus sonhos

Empobrece meus sentidos

Expulsa-me do paraíso

Num tempo demarcado

Que desmascara minha potência

Deflagra minha impotência

Num terreno vazio

De um tempo que não chega e já me ultrapassa

De um tempo tão sem tempo de perceber minha vidraça

Aberta,

Fechada,

Quebrada,

Despedaçada.

De um tempo juvenil

Um dia varonil

Outro pueril

Tantos outros tão tardios

Tempo que contratempo!

Desmedido desprazer

Tempo tão maldito,

Colorido de prazer

Tempo tão benigno

Tão perdido

Numa imensidão de um tempo que parou

Passou

E deixou-me

Presa,

Perdida

Em um tempo que ficou

E restou só eu de mim

Sem cor

Sem amor

Só com horror

Desse tempo vil

Que passa

Que exalta

Atropelando-me,

Enxotando-me

De um tempo soberano

Tão metropolitano

De um tempo desgastante

De um tempo hilariante

De um tempo contratempo

De um tempo

Já sem tempo

De um tempo

Cadê o tempo?

O tempo já passou e logo acabará

Tornar-se-á outro tempo

Já sem tempo

Já sem odor

E o tempo já passou

Me encurralou

Me fixou me atordoou

E acabou!



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