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| Poesias-->Minha Mãe -- 03/01/2003 - 06:04 (Neli Neto) |
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E pensar que já fazem vinte anos...
Vinte anos, que você deixou de existir.
Vinte anos que perdi tua companhia
Vinte anos sem sua presença
Vinte anos sem o seu carinho
Vinte anos sem o seu amor.
Quando penso em você,
Me bate ainda a saudade.
Saudade de tudo,
Que vivenciamos juntas
Da cumplicidade que tivemos.
Saudade de tudo
Que eu deixei de viver ao seu lado.
Minha mãe!...que falta você me faz
Hoje eu vejo que você tinha razão
Em todas as verdades que tentou me ensinar
Verdades que aprendi com a vida
Verdades que ocorrem no meu dia a dia
Verdades que você tentou evitar,
Num ato supremo de proteção,
Na esperança de que eu pudesse entender
E quem sabe? não precisar passar.
Hoje eu te entendo minha mãe
Hoje eu acato, seus cuidados extremados.
Você enxergava bem longe
Já sabia de tudo que aconteceria.
Você tinha uma visão de futuro
E só tentou me poupar
Das amarguras da vida
Das mentiras, invejas, falsidades do destino
Querendo só me mostrar o que é belo
Sem ser de uma visão sonhadora.
Só que eu, na época não entendi
E muitas vezes entramos em atrito por nada
Atritos sempre desculpados
E com um simples carinho apagado.
Minha mãe, hoje choro sua ausência
Hoje, queria te ter aqui ao meu lado.
Mas já que não posso
Já que anos-luz nos separam
Só me resta a lembrança de tudo
Seu rosto, através de retratos
Seu carinho, em sonhos esparsos.
Saudade dos seus beijos em meu rosto
Saudade dos seus abraços acalentadores.
Saudade, muita saudade...
De você mãe, amiga, companheira
Que um dia bem longe me trouxe ao mundo
E que numa simples fração de segundo
Partiu para nunca mais voltar.
Te amo, e ainda sinto em breves momentos
Seu cheiro gostoso bem perto de mim.
Sei que um dia nos encontraremos sim
Mas até que este dia chegue
Ficarei aqui a olhar e lembrar do passado
Sentindo sua presença ao meu lado, um alento
Que me ajuda a viver, a crescer
Cada vez mais e mais
Tentando passar para os seus netos
Seus ensinamentos preciosos da vida
A coragem que herdei de você
Que ficou entranhada em meu sangue.
Minha querida mãe, Anália da minha vida
Meu anjo da guarda de hoje, de sempre
Este poema é seu, como homenagem
Pela grande mulher que você foi
O meu grande espelho de vida.
Sua filha
©Neli Neto
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