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Ensaios-->VICIOS -- 01/03/2000 - 17:35 (Luiz Torres da Silva) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
V I C I O S


O Brasil é sem dúvida o País que reúne todas as condições para revolucionar métodos, princípios, filosofias, regimes, hábitos e modificar estruturas, mesmo as mais seculares ou tradicionais, por ser o único onde nenhuma dessas condicionais vingam.

Nosso País tem a capacidade de conviver com taxas inflacionarias normais acima de 3.000% ao ano, aumentar o PIB, acumular reservas cambiais, manter mais de um terço da população com fome e na miséria absoluta, tornar meta o desemprego, emitir títulos pagando 65% de juros ao mês, estimular a recessão, proteger os ladrões de colarinho branco, ter um congresso que só funciona três dias por semana, conceder oito passagens aéreas mensais aos parlamentares, trocar setenta ministros em um ano, adotar Planos econômicos sem saber como executá-los, exigir reforma da constituição sem ao menos a ter regulamentado no que lhe cabia, desmantelar os hospitais, desassistir a saúde, oficializar o jogo que mantém ilegal, desestruturar a educação, desorganizar a segurança, manter trinta presos em cela de seis metros quadrados, explorar a Aids importando refugos de camisinhas para estimular a sexualidade, exterminar meninos de rua, assumir Presidência sem presidir, prestigiar contraventores em Sambódromos, erradicar peças íntimas, destruir estradas, aumentar tarifas, não pagar empréstimos compulsórios, criar impostos provisórios permanentes, ameaçar oligopólios, não cassar corruptos e deixar como está para ver como fica.

Esse o País que pode transformar o mundo porque usou e usa o povo como cobaia em todas as suas experiências sócio-econômicas. Por isso pode sugerir soluções aos graves problemas enfrentados por esses países do mundo afora. Exemplos?
Acabar com o narcotráfico e o estímulo às drogas é muito mais simples do que parece. Bastaria instalar, em Centros de Saúde, postos para venda das drogas apreendidas. Cada viciado teria direito a uma dose diária a preço simbólico ou até mesmo gratuita. exigindo-se apenas cadastro. Isso para aquelas importadas e apreendidas. Haveria um período de constrangimento do viciado que a dependência eliminaria.

A modesta maconha seria plantada em todas as praças públicas e terrenos baldios, sendo liberado seu consumo e até sua industrialização, vendida com isenção de tributos. Seria o fim da indústria do tóxico e sua rendosa exploração. Como vender por mil o que nada custa? E onde a indústria do narcotráfico reinaria?

Diriam os pseudos moralistas que isso seria a oficialização do vício, a falência dos costumes e a desagregação da família. A humanidade teve, em Adão e Eva, o maior exemplo negativo após a proibição da maçã, assim como a lei seca dos Estados Unidos. Quem não bebia passou a beber, já que a proibição excita, atrai, provoca e estimula a curiosidade. Bastaria pois acabar com a causa, não somente combater o efeito. Quem já é dependente ou nisso se torna continuará sendo se não optar por um tratamento. Assim como está só interessa aos cartéis e seus asseclas. No Brasil essa medida não foi adotada porque não possui governo de fato, só de fachada, que usa a moral, os costumes e a legalidade apenas como cortina de fumaça para encobrir sua inoperosidade.

Igual ao narcótico, o jogo de azar é contravenção em nosso País. É ilegal mas o governo o explora oficialmente, já que as leis são feitas apenas para o povo. Como não tinha cacífe para extinguir o jogo do bicho criou lotos, senas, raspadinhas e loterias, reajustando seus custos mensalmente. São destinadas às obras sociais(?)do Tesouro. O jogo do bicho continua ilegalmente tolerado por ser uma complementação salarial dos organismos de segurança, como compensação aos irrisórios vencimentos da carreira

Como se conclui, este País, embora não as adotando, pode exportar fórmulas para resolver problemas do primeiro mundo, desde que não convidem técnicos governamentais para uma conferência ou debate. Copiar os boas fórmulas não é condenável, deixar de faze-lo é burrice!(Out/93)
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