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Artigos-->Insensato Coração -- 31/03/2011 - 12:28 (ANA SUELY PINHO LOPES) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Insensato coração





Quando ouvimos alguém falar a palavra insensato, ou mesmo taxar uma pessoa de insensata, a primeira leitura que fazemos é a de alguém que não faz uso do bom senso, que não tem juízo e muito menos sensibilidade para compreender, sentir o que o outro sente. Vejo também como um termo oposto ao uso da inteligência emocional, visto que, no meu ponto de vista quem tem inteligência emocional demonstra um comportamento sensato que segundo Aurélio “é cauteloso e normalmente transparece um ar discreto e comportamento reservado”. Bem, não pretendo descrever o comportamento de uma pessoa considerada sensata ou insensata,trata-se apenas de uma concepção.

Prefiro estender minhas colocações na estrada da visão poética, o que consideraria um insensato coração. Segundo alguns psicólogos, psiquiatras e filósofos a paixão é uma doença patológica, uma loucura, um desvio de consciência, pelo fato de que, quando estamos apaixonados perdemos o norteio, o senso e até o juízo.

Considero um estado de espírito que nos eleva as nuvens, nos faz tirar os pés do chão, nos torna cegos, indiferentes ao que se passa em volta e nos faz crer que encontramos a felicidade, diante de um estado de graça muito embora seja um período no qual ficamos adormecidos ainda que por um curto espaço de tempo. Nessa fase eu diria que nosso coração estaria “insensato” com a visão fora da realidade diante dos problemas reais, com a porta fechada ao estresse, à seriedade da vida, longe de um comportamento humano considerado racional.

Partindo do princípio de que qualidade de vida é manter equilíbrio entre os diversos setores eu diria que um quadro de insensatez é aquele onde o coração, por se encontrar acometido de uma paixão onde não permite esse equilíbrio, por estar focado na paixão e sem a percepção de que não há outra vida fora do outro "refém da paixão", não enxerga nada mais além do outro. Poeticamente a paixão ilumina a vida, traz a felicidade num momento visto não nos sentirmos solitários.

O retrato de um coração insensato é de fuga da realidade, porém, enquanto a paixão significa perda da razão, o apaixonado ver como algo ideal e não irracional o que seria considerado aos olhos dos racionalistas.

Segundo André Capelão (séc. 12) em seu “Tratado do Amor Cortês”, o amor, melhor dizendo, a paixão é doença que acomete o pensamento da pessoa e a torna obcecada por outra pessoa, criando vício incontrolável que busca penetrar em todos os mistérios da pessoa amada: suas formas, seu corpo, seus hábitos. Daí tornar-se insensato, agir apenas com o coração sem espaço para a razão.

Caso eu fosse falar a um insensato coração atingido por uma paixão fulminante eu o recomendaria que viva a rápida chama da paixão com todo ardor que o fogo lhe convém, com toda a emoção que a alma humana pode alcançar, mas, lembre-se da razão, tranqüilizante do comportamento que naturalmente um dia levará a monotonia.

Mesmo acreditando que, não há sentido na vida sem o tempero da paixão e que esta é a fonte que impulsiona o poeta, portanto, reflexo de um coração insensato!

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