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Poesias-->A ULTIMA FLORESTA -- 04/01/2003 - 21:42 (Jeovah de Moura Nunes - 1) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos




A ULTIMA FLORESTA







Espraiam sentimentos

Meus e teus.



Rasgo o verbo e os momentos

Furando o bloqueio sentimental.

Lagrimas descem da montanha.

O pio saudoso da aguia

Reverbera por toda a floresta

E assanha

Meu espirito alado.



Ao preterito estamos atados

E em razao disso vivemos o presente.

Se um caule for retirado

Toda a floresta ressente

E nao a arvore somente.



A Terra-mae vive o tormento

E a ingratidao do filho sem idade,

Alienado e pelo ninho sem sentimento,

Vivendo a fome de sua impunidade.



O rio, discipulo paciente,

E´ agente de sobrevida,

Espelhada na agua corrente,

Pura, cristalina e revivida.



O perfume da floresta

Encanta o espirito evoluido.

O nao evoluido apenas ve nesta

Floresta um principio poluido.



A serpente foge receosa

Da verdadeira serpentina.

O fogo queima e chorosa

A juriti abriga-se

Com a especie felina.



Todos se unem nesta corrida,

Nesta louca e desesperada procura

De mais uma floresta retida

Pela memoria da humana loucura.



As grandes arvores

Nao fazem mais sombras

Porque simplesmente nao existem

`A margem das estradas.



Fazem alguns

O trabalho de todos

E, contudo, a devastaçao continua...

Continuara´...

Ate´ que o planeta exausto

Sera´ apenas um grande lixao.

E o homem - urubu truao -

Fara´ sua festa de hienas,

Cantara´ suas miseras falenas

Indigno de ser filho de Deus.



Ah! Sentimentos meus e teus!



A natureza, entretanto, e´ agente

Das leis de Deus

E Deus nao e´ careta,

Nem busca vida obsoleta.

A propria floresta evolui

Independente da açao mesquinha

De homens que negam a Deus

Mas, bebem da agua fresquinha.



Mesmo um vandalo

De telefones publicos

Necessitara´ um dia deles,

Assim como o destruidor de florestas

Recorrera´ ao vegetal

Para a cura de sua dor.



Vivendo sem amor

Recorrera´ a sua sombra.

Mesmo sendo um abastado

Recorrera´ ao fruto.



Recorrera´ a sua madeira

E isto pela vida inteira,

Porque o homem e´ um produto

Que tambem se extingue

Em caixoes de madeira.



O caos fara´ limite

Com a ultima floresta.

O perfume sazonado

Nao se agastara´ em festa

No chao, em folhas derramado.

Havera´ sombras...

Nesta grande e ultima floresta.



Em fechados recessos

Sem jamais ter acesso,

O homem ainda ouvira´

O majestoso Tangara´.

E o indio,

O unico convidado

Testemunhara´ a dança

Do passaro que lança

Seu fandango ritmado.



Nao se atreva a civilizaçao,

Tao deturpada em seu fanal

de progredir, promover a destruiçao

do ultimo reduto do inocente animal,

este nosso irmao...

...que nunca foi mau!





(Jeovah de Moura Nunes)

(declamado na "Estaçao do Som" - Jau´ - SP

em 07.novembro.2002)





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