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Ensaios-->A COMUNICABILIDADE LÍRICA NA POESIA DE HERBERTO HELDER -- 20/08/2000 - 17:27 (Antonio Donizeti da Cruz) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A COMUNICABILIDADE LÍRICA NA POESIA DE HERBERTO HELDER

Antonio Donizeti da Cruz (Unioeste-Capes)

Herberto Helder, de seu nome completo Herberto Helder Luís Bernardes de Oliveira, nasce a 23 de novembro de 1930, no Funchal (Madeira). Helder é um poeta apaixonado pela linguagem. Faz do ato de escrever um 'ofício cantante'. Poeta, ensaísta, ficcionista e, acima de tudo, uma das mais relevantes vozes líricas da moderna literatura portuguesa. Desde as suas primeiras publicações, o poeta destaca-se, por ter recebido uma atenção especial dos leitores e da crítica portuguesa. A poesia helderiana reflete um lirismo contagiante e ao mesmo tempo contido, numa linguagem expressiva que persegue constantemente um mesmo tema: a poesia.

O crítico Roberto Daud, ao analisar a arte poética de Herberto Helder, constata que os poemas helderianos não revelam fatos, vivências e/ou sentimentos pessoais, nem estão voltados para a representação de uma realidade social historicamente situada. Eles identificam-se com uma certa
problemática acentuada na poesia contemporânea que é a busca de uma criação poética capaz de revelar a 'complicada carne do poema' (DAUD,1986:396).

Segundo Maria Estela Guedes, 'a poesia de HH assenta na realidade concreta e imediata, sendo concreta a linguagem, a metáfora e o signo' (1979:69). Para a autora, a poesia de Herberto Helder manifesta a visão irracional e mítica da existência, ponto de convergência das mais remotas literatura cosmogônicas, alicerçadas no poder revelador da metáfora, ou seja, da analogia, da identificação com o outro, no qual o processo fundador original acaba por 'libertar o indivíduo dos constrangimentos normativos imposto pelo código social' (idem:26).

Na opinião de João Décio, Herberto Helder realiza poesia de 'alta concepção estética e plástica', refletindo sobre a própria criação da poesia. Para o crítico, Herberto é um poeta hermético, de linguagem difícil, de imagens desencontradas e inesperadas, de complexas associações imagéticas,
provocando no crítico que o analisa, uma imperiosa necessidade de ler inúmeras vezes a poesia helderiana para depois poder dizer algo que possa parecer original como abordagem (1971:41).

Mesmo ocorrendo divergências entre os críticos em tentar inserir o poeta Herberto Helder dentro de certas escola, corrente, ou épocas literárias, pode-se dizer que sua poesia contém uma visão peculiar de mundo, impregnada de transcendência, ao revelar que sua poiésis é capaz de comunicar uma aguda
consciência do sentido da vida e dos limites humanos. Ele realiza uma escrita em permanente processo, quer pela forma das palavras repletas de sentido de modernidade, quer pelo seu poder de revelação.

A colher na boca (1961) compreende um conjunto de nove poemas, alguns dos quais subdivididos que funcionam de maneira independente: Prefácio; 'Transforma-se o amador na coisa amada'; Ciclo; O amor
em visita; O poema; A fonte; Elegia múltipla; As musas cegas; Narração de um homem em maio.

O poeta português escreveu esta sua obra no início dos anos 60, numa década caracterizada pela noção de absurdo, expansões de massificação, contestações de grupos como os hippies, os beatniks, os poetas da beat generation (a geração derrotada), entre outros. Os anos sessenta são marcados pela constante guerra fria entre russos e americanos. Em Portugal, segundo E. M. de Melo e Castro, os anos sessenta destacam-se pela 'exacerbação de sentimentos nacionalistas, que antecedeu a derrocada do
Estado Novo' (1984:53). Na poesia ocorre uma ruptura antidiscursiva e anti-sentimental (a chamada ruptura de 60), ocorrendo uma desconstrução dos discursos do poder instituído, político e moral. Na década de sessenta desenvolveu-se uma prática poética cuja literalidade se efetuará sobre a
materialidade de língua, na busca de novas formas de experiências de comunicação, enquanto simultaneamente 'desconstruía, desmontava os obsoletos discursos do poder' (1984:93).

Em Portugal, a ditadura militar teve uma duração de quase meio século, exatamente 48 anos, desde a sua implantação em 28 de maio de 1926, quando abriu as portas ao fascismo, até a derrocada pelo levante militar, em 25 de abril de 1974. Segundo Paulo José Netto, a partir de 1961-1962, o regime fascista português experimenta o seu declínio histórico, tendo como causa dois vetores básicos: a guerra colonial e a crise econômica de que emergem, pela mediação da resistência democrática, o isolamento internacional e nacional do fascismo (1986:29). Em meio a toda essa agitação, a poesia helderiana é por essência revolucionária, pois parece surgir como espécie de tradução da instabilidade interior provocada pelo desequilíbrio do mundo exterior.

Em A colher na boca, o lirismo flui livremente, imbuído de uma carga semântica extremamente espontânea. O lirismo contido em sua poesia é mais que uma tentativa de ruptura dos arquétipos tradicionais, é uma ruptura que visa a suprema realidade poética. Sua comunicabilidade é essencialmente lírica, surpreendendo o leitor quer por sua intensidade de conscientização, quer pelo
jogo de imagens, palavras, metáforas e versos portadores de um mundo de sentido em que o poeta desacraliza as circunstâncias, as coisas.

A temática de A colher na boca está calcada em torno das preocupações essenciais do homem: a questão existencialista da vida e da morte, derivando daí temas como: o amor, a mulher, o amor da mulher, a procura, os elementos da natureza, o tempo, a metalinguagem. Ao penetrar no coração da linguagem, Helder faz da palavra seu instrumento, abrindo assim, múltiplas escolhas internas da linguagem (a sonoridade, o ritmo, a ambigüidade de sentidos, a organização inédita de imagens, as variações temáticas e os símbolos), abandonando regras e modelos, deixando expandir seu lirismo subjetivo, como nos três primeiros versos do poema Prefácio:

Falemos de casas, do sagaz exercício de um poder
tão firme e silencioso como só houve
no tempo mais antigo (p.13).

Já de início, o sujeito poético propõe uma perfeita conscientização em relação ao objeto referente e à própria palavra, pois ocorre uma despersonalização do sujeito lírico onde, numa noção de modernidade, o máximo que o poeta pode ser é a consciência desse 'nós'. Nesses versos, pode-se perceber por parte do poeta uma preocupação com a palavra enfatizando o ato comunicativo e a mediação entre os seres e 'o exercício de um poder firme e silencioso', no caso, a própria poesia. A palavra é valorizada enquanto meditação sobre o poder que a fala do poema comunica e o próprio
ofício da palavra, evidenciando-se assim a metalinguagem que funciona como referência metalinguística em relação aos outros poemas.

No poema Ciclo I o sujeito declara: 'Escuto a fonte, meu misterioso desígnio/ de cantar o amor' (p.19). No canto do amor e seus mistérios, o poeta alicerça a construção de uma lírica pessoal, de buscas e desejos, como nos versos do poema Ciclo III: 'E em cada minuto a criatura/ feliz do amor, a nua
criatura/ da minha história de desejo/ inteiramente se abre em mim como um tempo' (p.23). Nessa busca de amor, gera-se um conflito em que se debate o sujeito lírico, dividido entre a consciência da necessária solidariedade de partilhar o amor para com os outros homens e a vocação para o
recolhimento.

No poema O amor em visita, o sujeito lírico anseia por uma 'jovem mulher', suplicando: 'Dai-me uma jovem mulher com sua harpa de sombra/ e seu arbusto de sangue. Com ela/ cantarei a noite' (p.30). A mulher, o amor da mulher, como tema evidenciam-se. Para o sujeito lírico não basta só cantar
o amor e seus instantes, é necessário 'Uma mulher com quem beber e morrer' (idem) e também possuí-la totalmente. Esse desejo aparece de maneira nítida nos versos: 'Seu corpo arderá para mim/ sobre um lençol mordido por flores com água' (p.31).

A idéia de amor como sentimento eminentemente erótico destaca-se nos seguintes versos de O amor em visita: 'Daí-me uma mulher tão nova como a resina/ e o cheiro da terra (...) cantarei seu sorriso ardendo/ suas mamas de pura substância,/ a chuva quente dos cabelos/ beberei sua boca, para depois
cantar a morte/ e a alegria da morte'(p.31). Nesses versos evidencia-se o erótico enquanto busca de realização do sujeito lírico.

Em O amor em visita, a linguagem é altamente metafórica. O lirismo e o erotismo se propagam e se confundem em versos que exprimem o desejo de amor, revelando que a arte de amar é integrada à constante renovação cíclica da vida. A temática da mulher, da morte, do amor, da vida se entrelaçam
numa rede de sentidos. Na verdade, esse poema é marcado pela surpreendente força lírica em que o poeta conjuga a relação do desejo de amar e do amor que equivale à relação erótica. O poema é um hino de graça e louvor à fecundidade da 'mulher tão nova como a resina e o cheiro da terra', ou seja, 'mulher-terra'. A mulher é identificada com elementos da terra: plantas e animais. Mas, ela é também a 'Transportadora da morte e da alegria', pois, para o sujeito lírico, 'em cada mulher existe uma morte
silenciosa'(p.312).

Em Helder, a presença constante dos lexemas: poema e palavra, denota a persistente preocupação do poeta com a reflexão sobre a linguagem, como se pode notar nos seguintes versos de O poema: 'Um poema cresce inseguramente/ na confusão da carne' (p.40); 'E o poema faz-se contra o tempo e a carne' (p.41); 'Estou deitado no meu poema...' (p.57); 'O poema dói-me, faz-me feliz' (p.58); Nesses versos, a noção de que a palavra significa dentro de um contexto e que esse contexto é organizado ritmicamente
fica plenamente evidenciado. O sentido da palavra 'poema' ganha novas colorações e significados a cada verso.

Na obra helderiana, o lexema 'palavra' aparece com freqüência, como nos versos de As musas cegas: 'Toco a palavra apaixonante, se toca a mulher/ com seu gato, pedra, peixe, luz e casa. / A mulher da palavra. A palavra' (p.104); 'As rosas que há/ nas palavras/ nas palavras, as palavras que estão/ no alto como fungos luminosos, as palavras/ que gravitam em baixo (...) - tudo isso/ disposto para a inquietação de um ofício' (p.116-117).

Mas se o poeta trava uma luta com as palavras, maior ainda é essa 'inquietação de um ofício' em que o sujeito lírico afirma: 'o meu ofício de despedir-me/ um pouco engolfado na loucura./ A minha tarefa inquieta de pôr a vida/ na sua oculta loucura' (p.107). São versos que revelam que para o poeta, fazer poesia é uma tarefa árdua.

No poema 'Transforma-se o amador na coisa amada' são expressas as relações entre o amador e a amada. É um poema que trata do amor. É quase uma teoria sobre a arte de amar, salientando no poema o extremo lirismo do sujeito lírico.

O poema é perfeito, com jogos de palavras, figuras de linguagem, em que o poeta usa o recurso rítmico da associação dos processo de repetição e enumeração. Nesse poema ocorre uma intertextualidade, pois a frase 'Transforma-se a amador na coisa amada', remete de imediato ao célebre
soneto de Camões, e mais especificamente, para o seu primeiro verso, que é idêntico.

A esse respeito é esclarecedor o comentário de Maria de Fátima Marinho:

A diferença essencial entre os dois poemas reside no facto de no soneto de Camões haver uma transformação unilateral (do amador na amada), enquanto em Herberto Helder vai havendo uma evolução nos diferentes graus de transformação, que se revela bilateral (1982:27).

Na poesia de Herberto Helder o amor é apresentado de maneira inerente às idéias de criação de vida e de invenção da poesia, enquanto ato de criação poemático. Muitos dos textos helderianos ocupam-se em refletir sobre a própria poiésis. Nesse sentido, sua poesia é metamorfose, mudança, transformação. Somente a engenhosa intimidade do poeta com as palavras e suas combinações e seu agudo senso de ritmo fazem com que o impressionante desnudamento da linguagem existente em toda a obra helderiana floresça em poesia. Se para Octavio Paz , a poesia é mudança, metamorfose, operação
alquímica (1982:137), em Helder ela opera como exercício e método de libertação interior, de luta, resistência e revelação da condição humana.

O poema 'Transforma-se o amador na coisa amada' é um exemplo concreto do lirismo helderiano. Expresso numa linguagem aparentemente simples, mas estritamente metafórica, esse poema lírico-descritivo revela uma perfeita identificação com as características do modernismo, destacando-se
a aproximação com a linguagem da prosa, como pode-se constatar nos seguintes versos do poema:

(...) Ela ouve
e vai se transformando, enquanto dorme, naquele grito
do amador.
Depois acorda, e vai, e dá-se ao amador, dá-lhe o grito dele.
E o amador e a coisa amada são um único grito
anterior de amor (p.18).

É interessante observar que os versos curtos, opondo-se aos versos longos, estabelecem um perfeito equilíbrio rítmico ao poema, fazendo com que ele não caia na prosa. Além do jogo das rimas, evidencia-se também o desenvolvimento de um tema lírico, o do amor erotizado, que quase simula o
acoplamento de verso com verso, e lógico, a indissolúvel ligação amorosa entre o amador e a amada, unidos por um 'único grito,/ anterior de amor'. Na última série, nota-se a rima interior, e uma relevante equivalência sonora entre essas duas palavras, pois quanto maior é a vizinhança das repetições, tanto mais clara é a sua função rítmica. Para Iuri Tinianov a rima é importante como fator
rítmico e, na série breve a rima será mais forte que numa série longa.

Um dos grandes segredos da criação poemática helderiana reside nos 'enjambements', pois através deles o poeta consegue efeitos rítmicos, sonoros, sugestivos no mais alto grau de criatividade e engenho. O recurso do enjanbement produz uma dinamização que reforça o ritmo do poema. A
temática do amor erotizado, no referido poema, aparece plenamente evidenciada na unidade e compacidade das séries, cujos versos são marcados por um ritmo que vai organizando as palavras no texto de maneira a fazer emergir os indícios flutuantes das mesmas, como quer Tinianov. Nos seguintes
versos livres: 'O amador é um martelo que esmaga./ Que transforma a coisa amada', a medida é a própria série, que substitui o metro como sistema pelo metro como impulso dinâmico. Nesses versos, a regularidade rítmica produz a sensação de unidade do texto, evitando que ele não caia na prosa.

A metamorfose é um aspecto evidenciado em todo o poema. O amador e a coisa amada vão se transformando, até alcançar a forma plena de um perfeito equilíbrio e harmonia, que faz o mundo se modificar, alimentado pelo silêncio do amador e da amada, ambos também transformados. Acima de
tudo e de todas as coisas impera 'o espírito imortal do amor'.

Em A colher na boca, a noção de que a palavra significa dentro de um contexto e que esse contexto é organizado ritmicamente fica totalmente demonstrado. O ritmo para Iuri Tinianov, é o elemento fundador do poema e percebe-se que na obra helderiana o ritmo caracteriza-se no verso livre, que para o teórico russo significa manifestação rítmica. A temática da obra emerge através do ritmo, trazendo à tona temas que refletem a visão de mundo do poeta e sua atitude frente à problemática que envolve o ser humano, pois seus poemas são construídos a partir de coisas simples e cotidianas como: 'casa, gato, mesa, colher, boca, poema', remete a profundas reflexões sobre o sentido da existência humana.

Em sua obra, Helder dá um novo sentido à arte de composição poemática, pois sua poética renova-se de forma constante. O poeta acrescenta novos temas, novas técnicas, atualizando sempre a sua forma artística. Provavelmente, o título da obra tenha surgido de toda essa variabilidade de
invenção, engenho criativo, criando assim novos procedimentos e novas formas de composição. Sua poesia é constituída de bruscos movimentos, de imagens, paralelismos sintáticos, semânticos e sonoros, numa linguagem altamente metafórica. No plano da sonoridade, salientam-se as aliterações, as
assonâncias, as pausas, os contrastes, as sinestesias. Há também uma grande liberdade de modulações quanto aos versos e ritmos livres.

A colher na boca é um texto híbrido, uma obra de relevante valor, nutrida de heterodoxa gama de temas, formas e problemas, que se interligam. Seu lirismo é mais que uma tentativa de ruptura com os modelos tradicionais, é uma ruptura por dessemelhança, que busca a realidade poética. Nos poemas
helderianos o lirismo flui livremente, imbuído de uma carga semântica extremamente espontânea. Pode-se concluir que sua obra é uma das mais representativas da atual literatura portuguesa. Os poemas de Herberto Helder são repletos de sentido onde a poesia com uma força singular faz aflorar
todo um lirismo espontâneo, contido. Uma obra de múltiplas facetas.



REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CASTRO, Ernesto Manuel de Melo e. Literatura portuguesa de invenção. São Paulo: Difel, 1984.

DAUD, Roberto. Breve apresentação da poesia de Herberto Helder. ALFA, Marília, n.17, p.37-47, 1971.

GUEDES, Maria Estela. Herberto Helder poeta obscuro. Lisboa:Moraes Editores, 1979.

HELDER, Herberto. A colher na boca. Lisboa: Ática, 1961.

MARINHO, Maria de Fátima. Herberto Helder: a obra e o homem. Lisboa: Arcádia, 1982.

MIRANDA, Alberto Augusto. LETRAS & LETRAS. Dossier Herberto Helder. Porto, n.51, p.13, jul.,
1991.

NETTO, José Paulo. Portugal: do fascismo à revolução. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1986.

PAZ, Octavio. O arco e a lira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1982.

TINIANOV, Iuri. O problema da linguagem poética I: o ritmo como fator construtivo do verso. Rio de
Janeiro: Tempo brasileiro, 1975.



Área de conhecimento: Literatura Portuguesa
Palavras-chave: Herberto Helder - poesia - comunicabilidade

In: A comunicabilidade lírica na poesia de Herberto Helder. In: ANAIS: XI Seminário CELLIP (Centro de Estudos lingüísticos e Literários do Paraná), Cascavel - PR: CELLIP, 1997. CD-ROM.







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