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Artigos-->Artista de Matão desenvolveu projeto gráfico para Carícia -- 21/07/2000 - 00:12 (Julio Cesar Ribeiro da Silva) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A MATONENSE PATRÍCIA MORANTE COORDENOU O NOVO VISUAL DA REVISTA DA EDITORA ABRIL





A revista Carícia enfoca, preferencialmente, a sexualidade de meninas jovens e adolescentes. Suas matérias falam de garotas dispostas a irem à luta, que já tenham uma certa vivência sexual ou que estão prestes a transar. Entre maio e junho deste ano, Carícia apresentou uma novidade: está maior, com novo projeto gráfico e com mais informação.



A mudança teve uma repercussão especial na cidade Matão. Os trabalhos de arte foram desenvolvidos pela matonense Patrícia Morante e sua equipe. Pati, como é conhecida carinhosamente, está em São Paulo desde 1993, quando foi estudar programação visual na Fundação Armando Álvares Penteado (Faap). Hoje, depois de muita luta, ela é Chefe de Arte de Carícia.



“O meu trabalho é uma tremenda loucura, muito agitado mesmo. Tenho de tomar várias decisões ao mesmo tempo e, principalmente, tenho de ser criativa”, comentou Patrícia, na correria do dia-a-dia.



“Conceitualmente, a grande novidade é que decidimos focar a revista tomando como princípio seu slogan: ‘Carícia é a revista da garota que vai à luta’. Isso, por si só, já é uma grande virada. Significa mais reportagens, mais fotos e muito mais informações”, falando das mudanças.



“Entre a criação do novo projeto gráfico e sua implantação, passaram-se cerca de dois meses. Para minha sorte — e de toda a redação — o projeto que fiz foi sendo aprovado sem alterações, o que poupou tempo e trabalho”, lembrou Patrícia.



“O conceito visual depende muito do público para o qual se faz a publicação. O público adolescente requer um tratamento diferenciado, seja nas cores, fontes e até na produção de fotos. Diante destes conceitos, procurei referências em veículos estrangeiros, pesquisei novas fontes e usei várias idéias que acumulei com o tempo”, considerou a editora de arte.





CONCEITOS E TÉCNICAS VISUAIS

“Para ser bem sucedido e inovador, o designer gráfico tem de estar atualizado e definir um projeto limpo, com poucas fontes, uma tabela de cores restrita e muito respiro. No caso de Carícia, trabalhamos com três famílias de fontes e 18 cores. Optei por um parágrafo pequeno, aboli o alinhamento justificado, evitando assim qualquer hifenização. A marca registrada do projeto é a margem superior maior do que o normal, o que dá uma sensação de limpeza”.



Em relação às contradições artísticas (humanas), representadas por cores, símbolos etc., Patrícia disse que não tem muita preocupação com esses elementos e seus impactos simbólicos. “O mais importante no nosso trabalho é fazer uma linguagem que bata direto na cabeça da leitora. Não adianta eu ter uma idéia genial que só eu vou entender. Na maioria das vezes, o mais simples é o ideal”.



“A semiótica, por exemplo, ajuda, mas seus conceitos não são predominantes. São poucas as seções em que utilizados signos, como vinhetas ou ícones”, disse sobre a composição de páginas em Carícia. “A tecnologia é fundamental e se encaixa perfeitamente no tipo de trabalho que fazemos por aqui (na Editora Abril). A única ressalva é não apelar excessivamente para filtros e efeitos de ‘photoshop’, que acabam poluindo”, advertiu.



“Artes plásticas e computação é um casamento perfeito. É ótimo fazer um desenho que se case perfeitamente com o tema da matéria e ainda poder contar com os efeitos do computador para alterá-lo ou adaptá-lo. O mais legal é quando conseguimos trabalhar numa mesma matéria foto e ilustração”.





ORIGENS MATONENSES E SONHOS

No Centenário do Município de Matão, A Comarca publicou uma revista histórica (Ano 74, nº XXV). Duas matérias, na publicação, homenagearam membros da família Morante: uma falando sobre Patrícia e outra de seu avô, o fotógrafo Melford Monteiro Morante. Dele, qual contribuição Patrícia teria recebido em relação ao trabalho com imagens?



“Sempre admirei muito meu avô e certamente isso não seria diferente em se tratando do seu talento. Se, por acaso, herdei um pouco dele que seja, já dá para ficar lisonjeada, não é mesmo?” – sim.



Você está vencendo na vida, não está? “Sim, certamente, o fato de acordar bem, sem motivo aparente, já me faz pensar que estou num bom caminho. Desde que descobri que isso era exatamente o que eu queria fazer na vida, agradeci por ter tido tamanha sorte, em ter começado na área por acaso”.



“Tracei uma meta de aprendizados e corri em busca do era preciso para fazer minha carreira. Já trabalho na área há quase sete anos, comecei como assistente de arte de uma revista agropecuária, passei a ser diagramadora da PC Magazine e Windows Computing, senti que precisava mexer mais com imagens e fotos, e fui trabalhar como operadora de DTP no bureau da Editora Azul”.



“Quando aprendi o que queria, comecei a traçar minha carreira dentro da Editora Abril, como design. Com a maior sorte de todas, entrei para a Carícia. Certamente, é o melhor e mais animado lugar para se trabalhar na Editora Abril. Sempre quis exercer a função de editora de arte, e fiquei muito feliz em poder fazer isso aqui mesmo”.



“Minhas melhores lembranças estão aqui (na editora). O que marca mesmo são as amizades que fiz e ver, a cada dia, que sou importante como pessoa e não somente como chefe de arte, é o que torna esse lugar tão especial. Sei que tudo isso pode soar piegas, mas se eu dissesse de outro maneira, estaria mentindo. Atualmente, minha preocupação é que as leitoras gostem da mudança. Isso acontecendo, já trará bons frutos”.



A reportagem instigou: mas, quando você está meio solitária em São Paulo, lembra de Matão? Há alguma música, em especial, que faz você lembrar de sua cidade. “Uma música que sempre me lembra de boas épocas em Matão é uma versão maravilhosa de ‘While my Guitar Gently Weeps’, pelo Jeff Healey”, respondeu a moça. Quais os seus sonhos que ainda serão concretizados, insistiu o repórter. Pati, meio envergonhada, se desmanchou: “Retomar a vida musical e amorosa”.



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