Era uma vez um grande e bicudo lápis. Ia começar a escrever numa folha de papel e apareceu uma borrachinha muito atrevida, mas tão atrevida que apagava tudo o que o lápis fazia. Certo dia, o lápis tão zangado, começou a resmungar com a borrachinha atrevida:
- O que estás aqui a fazer? - perguntou o lápis irritado.
- Não vês que estou a apagar, respondeu a borrachinha atrevida.
- Mas também não vês que estás a arruinar o meu trabalho? - zangado disse o lápis.
- Desculpa amigo lápis, mas eu não estou a arruinar o teu trabalho, só estou a apagar tudo o que está mal, é que tu escreves com tantos erros!!! - disse, a gozar, a borrachinha atrevida.
- Então estás a insultar-me? Já vais ver! - disse o lápis furioso.
- Pois estou, disse a borrachinha atrevida ainda a gozar com o lápis.
- Quando te apanhar vou riscar-te toda - resmungou o lápis.
- E é se me apanhares. Um gordo como tu não me conseguirá apanhar - disse a borrachinha atrevida, a rir.
- Então vamos ver! - disse o lápis.
Então o lápis armado em esperto, a tentar apanhar a borrachinha atrevida, tropeçou e caiu numa das pontas da folha de papel e disse:
- Ai! Ai! Parti o bico. Afinal aquela borrachinha tinha mesmo razão, estou muito gordo, vou ter que fazer uma dieta.
- É bem feito, seu lápis resmungão, é para aprenderes a saber o que vale uma borracha.
E assim foi uma história dialogada sobre uma borrachinha atrevida e um lápis bastante resmungão.