Nas noites de Lua Cheia, um Anjo luta com o Guardião do Limiar.
No lado oculto da mente, a Alma luta com a cosciência.
Não há vencedores. Não há vencidos. Apenas dominados... O domínio servil da vida em sociedade, onde se perde as características originais, substituindo-as totalmente pelas características coletivas.
Nada é absoluto. O erro não é absurdo... Como poderia sê-lo, se nem existe? O que sabemos sobre o erro é cultura coletiva, sem nenhuma significação espiritual... O problema torma-se maior devido à perda da cultura original - aquela que nos liga com o Universo e com a Energia Criadora.
Nas noites de Lua Cheia, o cadinho de Luz transborda e se derrama pelo mundo. E nesta vastidão iluminada, as armas do Anjo e do Guardião se tornam mais perigosas. Não podemos vê-los em luta, porque nossos olhos estão cegos diante da Luz. Nem sequer conseguimos ouví-los, porque há muito perdemos a Intuição Original Mística.
A Alma em armas contra a Consciência num mundo de domínio coletivo.
Um cão danado lamenta o sortilégio a que a Humanidade se lança, num uivo desembestado para a Lua, que assiste a tudo, silenciosa, misteriosa...
E no mundo ainda há um resto da Energia Vital do que já fomos, mas não há mais tempo para reagir. O rugido da morte determina o destino do perdedor...